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Uber lança nova categoria com preço reduzido em horário de menor movimento

Empresa não explicou por que redução não é repassada no preço dinâmico, mecanismo de valoração das corridas. Novidade é apenas para a cidade de São Paulo.

Uber: chamada de Promo, nova categoria de corridas vai garantir menor preço em horários com menor demanda (Germano Lüders/Exame)
TL

Thiago Lavado

Publicado em 28 de agosto de 2020 às 12h37.

Última atualização em 28 de agosto de 2020 às 13h00.

As viagens de Uber vão ficar mais baratas nos horários de menor movimento, ao menos em São Paulo. A empresa anunciou nesta sexta-feira, 28, o lançamento de uma nova categoria de viagem na cidade, chamada de Uber Promo. Não foram informados detalhes de quão mais barata será a viagem nesse modelo.

O novo modo de viagem estará disponível dentro do próprio aplicativo e irá aparecer como opção para os usuários nos horários de menor movimento. De acordo com a empresa não há um período fixo para isso, e a categoria vai acompanhar "as dinâmicas de movimentação da cidade". A empresa também não explicou como, nem se, a redução de preços vai interferir no funcionamento da tarifa dinâmica, algoritmo desenvolvido pela Uber que faz os pesos de oferta e demanda e determina o valor das corridas.

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"Ao incentivar que as pessoas se desloquem em horários de menor movimento, queremos ajudar a população que precisa sair de casa a buscar horários alternativos e, assim, evitar aglomerações. De quebra, elas ainda economizam no valor das viagens", afirma Silvia Penna, gerente de operações da Uber, em nota.

A empresa foi uma das grandes afetadas no primeiro semestre pelo distanciamento social e a pandemia de covid-19. Com redução de movimentações, o faturamento da Uber no segundo trimestre despencou 29%, para 2,2 bilhões de dólares, apesar da alta na demanda por entregas. A receita das entregas dobrou, mas, as corridas, que têm um peso maior na composição do faturamento, caíram 73% no período entre abril e junho. O prejuízo da Uber nesse trimestre foi de 1,8 bilhão de dólares.

O período também marcou a empresa por causa de demissões. No final de maio, a companhia anunciou a demissão de 3.000 funcionários, semanas depois de a já ter demitido 3.700 pessoas. Além disso, a Uber afirmou que fecharia 45 escritórios ao redor do mundo. Ambas as demissões equivalem a 25% de toda a força de trabalho que a Uber tinha no fim do ano passado. A empresa fechou dezembro com 26.900 funcionários no mundo, 40% deles nos Estados Unidos.

 

 

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