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Uber é acusado de contratar assassinos e ladrões nos EUA

Um dos motoristas ficou preso por 26 anos e usou um nome falso para trabalhar pelo Uber. O app tem um método de contratação duvidoso, segundo a denúncia

Uber: seu sistema de contratação é falho, segundo denúncia (Raul Aragao/I Hate Flash)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2015 às 11h57.

São Paulo – O aplicativo mais polêmico do momento, o Uber , terá que se explicar mais uma vez para seus usuários. A empresa contratou 25 motoristas com antecedentes criminais – incluindo abuso sexual de crianças, assalto e assassinato – para circular pelas ruas de São Francisco e Los Angeles, na Califórnia.

A queixa foi apresentada ontem pelo gabinete do procurador distrital de São Francisco. “Muitas das informações que o Uber apresentou aos consumidores são falsas e enganosas”, disse George Gascón, procurador distrital de São Francisco, em uma conferência, segundo informações do site SF Gate.

A maioria dos motoristas listados pelo procurador tem passagens pela polícia por dirigirem bêbados. Um dos casos que mais chama atenção é o de um funcionário que passou 26 anos na prisão por assassinato. Ele está em liberdade condicional desde 2008.

Contratado pelo Uber em 2014, o motorista já fez 1.168 corridas. De acordo com Gascón, a empresa não conseguiu verificar os antecedentes criminais do homem, pois ele utilizou um nome falso para trabalhar com o app .

Em outro caso citado pela denúncia, um motorista havia sido condenado por abuso sexual de uma criança de 14 anos. “Ele já fez 5.697 corridas para passageiros Uber, incluindo crianças desacompanhadas”, afirma o procurador.

Além destes dois, outro motorista foi condenado por sequestro com arma de fogo. Ele também tem outros antecedentes criminais, como roubo e tráfico de drogas. O restante dos funcionários denunciados pelo procurador cometeram crimes não violentos.

O que o Uber diz?

Desde dezembro do ano passado, o Uber tem tido problemas com as prefeituras de Los Angeles e São Francisco. As cidades entraram com um ação conjunta contra o serviço, afirmando que seus métodos de contratação são falhos.

O Uber verifica os registros criminais dos últimos sete anos de seus funcionários. Por exemplo, se uma pessoa é contratada em 2014, a empresa vai olhar tudo que ela fez até 2007.

O Uber defendeu sua maneira de contratar em um post recente em seu blog. A empresa explicou que existe este limite de sete anos em muitas ferramentas de monitoramento de registros criminais. Um de seus concorrentes, o Lyft, utiliza o mesmo processo de contratação.

“A Assembleia Legislativa do Estado da Califórnia decidiu que sete anos é o suficiente para proteger o público e, ao mesmo tempo, dar a oportunidade de trabalhar e de se reabilitar para ex-detentos”, finaliza a publicação.

A cidade de São Francisco pede para que o Uber utilize o Livescan, uma ferramenta que usa a impressão digital para identificar todos os registros de uma pessoa. No entanto, a empresa resiste em empregar o método.

“Nós discordamos que o Livescan é um sistema melhor para triagem de motoristas do que o nosso controle. Além disso, o método inclui pessoas que foram presas, mas nem sempre processadas ou condenadas. Isso pode discriminar as minorias”, disse o Uber em um comunicado.

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São Paulo – O aplicativo mais polêmico do momento, o Uber , terá que se explicar mais uma vez para seus usuários. A empresa contratou 25 motoristas com antecedentes criminais – incluindo abuso sexual de crianças, assalto e assassinato – para circular pelas ruas de São Francisco e Los Angeles, na Califórnia.

A queixa foi apresentada ontem pelo gabinete do procurador distrital de São Francisco. “Muitas das informações que o Uber apresentou aos consumidores são falsas e enganosas”, disse George Gascón, procurador distrital de São Francisco, em uma conferência, segundo informações do site SF Gate.

A maioria dos motoristas listados pelo procurador tem passagens pela polícia por dirigirem bêbados. Um dos casos que mais chama atenção é o de um funcionário que passou 26 anos na prisão por assassinato. Ele está em liberdade condicional desde 2008.

Contratado pelo Uber em 2014, o motorista já fez 1.168 corridas. De acordo com Gascón, a empresa não conseguiu verificar os antecedentes criminais do homem, pois ele utilizou um nome falso para trabalhar com o app .

Em outro caso citado pela denúncia, um motorista havia sido condenado por abuso sexual de uma criança de 14 anos. “Ele já fez 5.697 corridas para passageiros Uber, incluindo crianças desacompanhadas”, afirma o procurador.

Além destes dois, outro motorista foi condenado por sequestro com arma de fogo. Ele também tem outros antecedentes criminais, como roubo e tráfico de drogas. O restante dos funcionários denunciados pelo procurador cometeram crimes não violentos.

O que o Uber diz?

Desde dezembro do ano passado, o Uber tem tido problemas com as prefeituras de Los Angeles e São Francisco. As cidades entraram com um ação conjunta contra o serviço, afirmando que seus métodos de contratação são falhos.

O Uber verifica os registros criminais dos últimos sete anos de seus funcionários. Por exemplo, se uma pessoa é contratada em 2014, a empresa vai olhar tudo que ela fez até 2007.

O Uber defendeu sua maneira de contratar em um post recente em seu blog. A empresa explicou que existe este limite de sete anos em muitas ferramentas de monitoramento de registros criminais. Um de seus concorrentes, o Lyft, utiliza o mesmo processo de contratação.

“A Assembleia Legislativa do Estado da Califórnia decidiu que sete anos é o suficiente para proteger o público e, ao mesmo tempo, dar a oportunidade de trabalhar e de se reabilitar para ex-detentos”, finaliza a publicação.

A cidade de São Francisco pede para que o Uber utilize o Livescan, uma ferramenta que usa a impressão digital para identificar todos os registros de uma pessoa. No entanto, a empresa resiste em empregar o método.

“Nós discordamos que o Livescan é um sistema melhor para triagem de motoristas do que o nosso controle. Além disso, o método inclui pessoas que foram presas, mas nem sempre processadas ou condenadas. Isso pode discriminar as minorias”, disse o Uber em um comunicado.

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