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Twitter supera Facebook graças a anúncios por celulares

Segundo consultoria, anúncios em smartphones e tablets representarão mais da metade da receita arrecada com anúncios pelo microblog


	Aplicativos do Twitter na tela de um iPhone: anúncios para dispositivos móveis ajudou a companhia na concorrência com outras redes sociais
 (Simon Dawson/Bloomberg)

Aplicativos do Twitter na tela de um iPhone: anúncios para dispositivos móveis ajudou a companhia na concorrência com outras redes sociais (Simon Dawson/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2013 às 17h27.

San Francisco - O Twitter Inc., o serviço de microblogging que planeja realizar uma abertura de capital, está ultrapassando seus maiores concorrentes – o Facebook Inc. e o Google Inc. – em uma área crucial de crescimento: anúncios para dispositivos móveis.

Os anúncios em smartphones e tablets representarão mais da metade da receita arrecada com anúncios pelo Twitter neste ano, segundo a EMarketer Inc. Isso coloca a companhia à frente do Facebook, que gerou 41 por cento da sua receita com anúncios por meio de promoções através de celulares no último trimestre.

O Twitter representa somente uma proporção minúscula do mercado de anúncios para celulares, cujo valor projetado para este ano é de US$ 16,7 bilhões, mas possui a vantagem de ter se concentrado no ramo desde o início e com uma base menor. Isso poderia ajudar a aliviar as preocupações dos investidores diante da abertura de capital da companhia, já que os celulares têm sido uma fonte de dores de cabeça para outras companhias da Internet. O Facebook e o Google, que originalmente tinham se focado em anúncios online para computadores, recentemente tiveram que redesenhar seus imensos negócios publicitários à medida que os usuários passavam mais tempo na internet desde seus smartphones e tablets.

“Os dispositivos móveis são com certeza o lugar crítico para o Twitter”, disse Justin Merickel, diretor sênior de soluções publicitárias na Adobe Systems Inc., que possui um negócio de assessoria de clientes para publicidade online. “Eu acho que eles já foram vistos adotando uma visão progressista no que tange ao trabalho com os anunciantes naquela área. Entusiasma-nos tanto o crescimento quanto o potencial visto nesse negócio”.

Documento confidencial

Na semana passada, o Twitter anunciou que apresentou documentos para a abertura de capital sem dar prazos nem detalhes da parte financeira da oferta. A companhia apresentou documentos de forma confidencial à Comissão Americana de Ativos e Intercâmbio, em um processo que manterá seu prospecto S-1 sem divulgar até pouco antes de uma turnê publicitária para investidores.


O fato de que o Twitter já tenha um negócio de publicidades para celulares poderia torná-lo mais sólida frente aos investidores do que o Facebook quando realizou sua abertura em maio de 2012 – a maior feita por uma companhia tecnológica. A princípio, a maior rede social do mundo atraiu demanda dos investidores, mas no segundo dia de operações suas ações caíram abaixo do seu preço inicial de US$ 38 e não voltaram a esse patamar até julho deste ano.

Já o Google chegou a converter-se na segunda companhia tecnológica americana de maior valor, principalmente devido a sua posição de liderança nos anúncios em buscas feitas em computadores. Porém, a companhia sediada em Mountain View, Califórnia, ainda está adaptando-se aos anúncios para celulares porque as promoções nesses dispositivos são vistas como menos efetivas, tendo preços menores do que aquelas em computadores e laptops.

Diferentemente, as raízes do Twitter estão nesses dispositivos. Seu limite de 140 caracteres por mensagem se baseia nas restrições das mensagens de texto por celulares. Na hora de criar seu sistema publicitário, iniciado em 2010, a companhia afirmou que visava criar algo que aproveitasse suas origens.

Concorrentes com dinheiro

O Twitter continua sendo minúsculo comparado com o Google e o Facebook. A EMarketer projeta que a companhia chegue ao quinto lugar no mercado de anúncios por dispositivos móveis neste ano com 1,85 por cento da indústria. A companhia Google é vista como a líder com 53 por cento, seguida pelo Facebook com 16 por cento.

Em resposta a parte das preocupações, recentemente o Twitter divulgou um relatório que mostrou que uma companhia de telefonia celular britânica conseguiu aumentar a conscientização da sua marca com anúncios no serviço de microblogging. No mês passado, o Twitter apresentou um serviço para companhias de bens embalados para consumidores em parceria com a medidora Datalogix Inc.

“As pessoas gostam de falar sobre o que viram no Twitter”, afirmou a companhia numa mensagem publicada no seu blog neste ano. “Essa conversa exerce influência direta sobre o que elas acabam comprando quando estão prontas para fazê-lo”.

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