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TV do futuro será como um iPad gigante, diz CEO da Netflix

Em uma conferência de mídia realizada em Berlim, na Alemanha, Reed Hastings, CEO e cofundador da Netflix, disse que a TV linear irá morrer em 20 anos


	House of Cards: modelo de TV da Netflix irá acabar com TV linear, diz CEO
 (Divulgação/Netflix)

House of Cards: modelo de TV da Netflix irá acabar com TV linear, diz CEO (Divulgação/Netflix)

Victor Caputo

Victor Caputo

Publicado em 14 de maio de 2015 às 18h00.

São Paulo – A televisão do futuro será como uma tela de iPad gigante. A previsão foi feita por Reed Hastings, cofundador e CEO da Netflix, em uma conferência de mídia realizada em Berlim, na Alemanha.

Em uma apresentação, Hastings falou sobre como enxerga o futuro da televisão e como a Netflix faz parte disso.

Para ele, ao longo dos próximos 20 anos, o mundo verá uma queda no número de pessoas assistindo ao modelo linear de televisão – que é exatamente como a TV é hoje.

Hastings acredita que não faz sentido que as pessoas sejam obrigadas a estar disponíveis em certo horário para assistir ao que elas querem. O modelo é obsoleto.

Em oposição à TV linear, o que deve crescer anualmente pelos próximos 20 anos é a televisão conectada à internet. Esse é exatamente o modelo que a Netflix oferece aos consumidores.

Por conta disso, a televisão do futuro será como "um iPad esticado e com uma tela muito grande". O conteúdo será disponibilizado com apps.

A previsão de Hastings faz parte da visão da Netflix para o futuro. Uma página dentro do site da empresa detalha esse modelo.

A TV na internet está substituindo a TV linear. Apps estão substituindo canais e telas estão se espalhando, se lê no documento chamado Visão da Netflix para longo prazo.

A importância do uso da internet para disseminação da TV esbarra também em questões técnicas. Na próxima Copa do Mundo [em 2018], as pessoas terão televisões 4K, mas os canais não poderão entregar os jogos em 4K. A TV na internet, sim, poderá enviar conteúdo com essa qualidade, disse Hastings.

Para falar sobre as mudanças, o executivo usou como exemplo o uso de cavalos por milhares de anos. Até a chegada dos automóveis, os cavalos eram parte da rotina de pessoas ao redor do mundo.

A revolução dos smartphones, relembra Hastings, aconteceu nos últimos dez anos. Às vezes as coisas estão estáveis, então elas mudam muito, disse ele na conferência.

Assista à fala de Reed Hastings, em inglês, na conferência em Berlim:

https://youtube.com/watch?v=Mzk-iL8KC9o%3Frel%3D0

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