Tecnologia

TV digital terá interatividade com celular, diz pesquisador

Marcelo Moreno, doutor em informática pela PUC-Rio, falou sobre o mercado de TVs na Campus Party Brasil

Hoje, base de assinantes de TV a cabo é de 91,9 milhões e, de municípios, 258 (stock.XCHNG)

Hoje, base de assinantes de TV a cabo é de 91,9 milhões e, de municípios, 258 (stock.XCHNG)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2011 às 14h33.

São Paulo - A quarta edição da Campus Party no Brasil reservou novidades para quem gosta de interatividade. Sincronismo entre as mídias, possibilidades de interferir nas aplicações, interatividade por meio de dispositivos móveis e conteúdo diferenciado para cada região são as grandes apostas para esse mercado. Quem falou sobre o assunto foi Marcelo Moreno, doutor em informática pela PUC-Rio, no painel TV digital.</p>

O profissional apresentou os investimentos para a tecnologia Ginga NCL, utilizada no país, que permite a troca de informações entre espectador e a TV. E a aposta é na mobilidade. "A TV é um aparelho de experiência coletiva. Você assiste com a família e com os amigos. No entanto a interatividade é individual", explica Moreno. "Por isso a ideia de criarmos um suporte para múltiplos dispositivos, assim o usuário interage pelo celular, que aparece individualmente no seu aparelho e não na TV", completa.

Faz parte do plano também aprimorar os recursos para reduzir as falhas e oferecer ao telespectador conteúdo com maior interatividade. "O usuário tem que ter a possibilidade de interferir na aplicação e com a tecnologia as emissoras poderão mandar, durante a programação ao vivo, conteúdo que mude o comportamento do telespectador", explica. "A tecnologia permitirá também que a emissora faça dentro da mesma programação conteúo diferenciado para cada região", revela.

O modelo apresentado por Moreno, entretanto, deve demorar a chegar às mãos dos consumidores finais. "O grande problema do Ginga-NCL no mercado brasileiro é a falta da indústria nacional. Tudo é importado. Não existe inovação no país. A gente cria, mas não tem quem coloca no mercado, diz. "E temos outro problema: Quem está lá fora quer ´jogar´ produtos prontos aqui, com tecnologia atrasada", ressalta. Para ele, as expectativas para esse mercado são grandes e a Copa do Mundo e as Olimpíadas impulsionarão os investimentos, que virão principalmente do governo.

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