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Trump tenta apagar passado, mas a internet não esquece

Site de campanha do atual presidente dos Estados Unidos tive informações removidas, mas há registros de existência

Trump: presidente teve conteúdos removidos de site (Kevin Lamarque/Reuters)

Trump: presidente teve conteúdos removidos de site (Kevin Lamarque/Reuters)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 14 de maio de 2017 às 16h33.

Última atualização em 14 de maio de 2017 às 17h04.

São Paulo – A equipe responsável pela comunicação online do presidente dos Estados Unidos Donald Trump apagou informações do seu site de campanha recentemente. Entre elas, havia a que mencionava que o presidente proibiria a entrada de muçulmanos no país.  

O assunto veio à toa novamente após uma pergunta feita em uma coletiva na Casa Branca, de acordo com o site da revista americana Wired. Na última semana, a Justiça questionou o advogado do Departamento de Justiça, Jeffrey Wall, sobre o caso. Ele argumentou que a restrição de entrada de pessoas nos Estados Unidos não discrimina as pessoas por religião. O juiz, Robert King, respondeu dizendo que Trump não repudiou o que disse no passado sobre os muçulmanos e ressaltou que o conteúdo a esse respeito ainda estava em seu site. 

Diante desse cenário, um conteúdo em particular relacionado a banir muçulmanos sumiu do site eleitoral de Trump. Porém, a internet não se esquece de praticamente nada. Basta fazer uma pesquisa no Wayback Machine, uma ferramenta da organização sem fins lucrativos Internet Archive, que guarda dados publicados na internet, para encontrar o texto que fala sobre a restrição a muçulmanos 

Em casos como esse, o chamado Efeito Streisand costuma fazer com o que conteúdo censurado tenha efeito reverso e se torne de interesse do grande público.

Algo semelhante aconteceu em São Paulo. A equipe do prefeito da capital João Doria Jr. removeu conteúdos da gestão de Fernando Haddad do seu site.  

Segundo o Estado de S. Paulo, ao menos três textos sobre a redução de velocidade das marginais Tietê e Pinheiros foram apagados do site da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Neste caso, porém, os textos não foram armazenados pelo Internet Archive e já não podem mais ser acessados.  

Eles eram chamados "Menor velocidade nas marginais e em vias da Zona Leste de São Paulo tem como objetivo reduzir índice de acidentes e mortes no trânsito", "Acidentes com vítimas caem 27% nas marginais após redução da velocidade máxima" e "CET implanta redução de velocidade máxima em trecho da Marginal Tietê". A administração se pronunciou dizendo apenas que as informações objetivas sobre os eventos no trânsito da cidade de São Paulo continuam disponíveis no site. Felizmente, os conteúdos podem ser lidos, respectivamente, aqui, aqui e aqui (tudo agora salvo no Internet Archive). 

Extensão que salva

Quem quiser brincar de viajar no tempo pode instalar a extensão gratuita do Wayback Machine no navegador Google Chrome. Ele permite ver rapidamente como era um site quando foi lançado. Aqui, por exemplo, você pode ver como era o site de EXAME.com em seus primórdios. 

Outro ponto interessante sobre a extensão é que você pode usá-la para capturar páginas da web que considera importante, como promessas ou declarações polêmicas de políticos ou executivos de grandes empresas. Com isso, você pode contribuir com a construção da memória coletiva da internet. 

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpInternetJoão Doria Júnior

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