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Toca-discos para vinil evoluem e ganham cada vez mais fãs

Apresentada ao público por Thomas Edison em 21 de novembro de 1877, tecnologia dos toca-discos vem ganhando cada vez mais adeptos no Brasil

Toca-disco: apresentada ao público por Thomas Edison há exatos 137 anos, tecnologia tem cada vez mais adeptos (Michelle Hawkins-Thiel/Wikimedia)
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Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2014 às 11h50.

São Paulo - A venda de vitrolas e a produção de discos de vinil no Brasil vêm crescendo nos últimos anos. Apresentada ao público por Thomas Edison há exatos 137 anos, essa tecnologia se adaptou bem à era da internet .

"Vitrola é uma coisa que desperta o sentimento das pessoas", afirmou em entrevista a EXAME.com Eduardo Leite. Ele é diretor da Trapemix, loja online especializada em produtos retrô que vende cerca de 500 toca-discos por mês.

Segundo Leite, a expectativa para 2014 é que as vendas cresçam 35% em relação ao ano passado.

"Várias são as razões que impulsionam cada vez mais pessoas para o formato", explicou em entrevista a EXAME.com João Augusto, consultor da Polysom. Entre elas, estão o "som encorpado" e "o fetiche de ter música saindo de uma bolacha de petróleo", afirma ele.

Única fabricante de discos de vinil da América Latina, a Polysom produz cerca de 8 mil discos por mês. Reaberta em 2011, a fábrica vem registrando aumento na produção de discos a cada ano desde então.

Paquera

Segundo Leite, o gasto médio dos internautas que compram vitrolas na Trapemix é de 750 reais. "Às vezes, o cliente visita a página do produto no site sete vezes até fechar a compra", conta ele. "É como uma paquera mesmo", comenta.

Na loja online, o preço dos toca-discos varia entre 650 e 2 mil reais. O CTX Classic, modelo mais vendido do site, custa 770 reais.

Alguns aparelhos à venda na Trapemix são capazes de converter o som do vinil em arquivos MP3 e de se conectar por Bluetooth com tablets e smartphones.

Segundo Augusto, a fabricação de discos acompanhou o aprimoramento dos aparelhos. Para ele, a produção em massa de antigamente deixava a desejar em termos de qualidade.

Com a diminuição no número de discos fabricados, o controle de qualidade aumentou.

"No caso da Polysom, por ser um trabalho totalmente artesanal, o índice de qualidade é altíssimo, já apreciado por compradores em todo o mundo", afirma Augusto

Público-alvo

Pessoas que viveram o tempo do vinil e conservaram sua coleção formam o público-alvo desse tipo de produto. Porém, elas não são as únicas.

"Uma grande surpresa é o público jovem, que tem se mostrado cada vez mais atrelado ao vinil", afirma Augusto.

De acordo com ele, o preço de venda médio de um disco fabricado pela Polysom está na casa dos 70 reais. Para Leite, o valor é alto demais.

"Isso fortalece o mercado de troca de discos usados", afirma o diretor da Trapemix.

Ascensão

Na opinião de Leite, toca-discos e vinis voltaram mesmo para ficar. "Hoje, esse é um mercado em ascensão", afirma.

Por conta disso, a Trapemix deve abrir uma loja física em 2015 - além de lançar sua linha própria de vitrolas (que será fabricada fora do Brasil).

O toca-discos (ou vitrola) é uma invenção derivada do fonógrafo. Esse aparelho foi inventado pelo americano Thomas Edison e apresentado ao público em 21 de novembro de 1877.

No fonógrafo, uma agulha era usada para gravar e reproduzir sons armazenado em pequenos furos feitos num cilindro de metal. Depois, o cilindro foi substituído pelos discos.

Inicialmente feitos de cera, eles passaram a ser de vinil no fim da década de 1940.

Com o surgimento do CD nos anos 1980, o vinil foi perdendo espaço no mercado como principal tecnologia para ouvir música - embora mantenha um fiel (e crescente) número de admiradores até hoje.

São Paulo - Há exatos 35 anos, a Sony iniciava as vendas de seu primeiro Walkman, o TPS-L2. O gadget tornava possível ouvir fitas cassete em qualquer lugar e mudou o jeito de se ouvir música.Desde então, várias outras tecnologias provocaram efeitos parecidos. A seguir, veja algumas delas.
  • 2. Walkman TPS-L2 (1979)

    2 /12(Domínio Público/Wikimedia)

  • Veja também

    Lançado em 1979 pela Sony, o TPS-L2 vendeu cerca de 1,5 milhão de unidades em dois anos. Com energia fornecida por duas pilhas AA, o primeiro walkman era vendido nos EUA por 150 dólares
  • 3. Discman D-50 (1984)

    3 /12(Austin Calhoon/Wikimedia)

  • Dois anos depois de ter iniciado a produção em massa de CDs, a Sony lançou o D-50 em 1984. O primeiro discman pesava aproximadamente 590 gramas e ajudou na popularização do novo formato.
  • 4. DAT (1987)

    4 /12(Yaoleilei/Wikimedia)

    Outro formato criado pela Sony que não vingou foi o Digital Audio Tape (DAT). Lançadas em 1987, as fitas DAT, que armazenavam áudio em formato digital, deixaram de ser produzidas pela empresa só em 2005.
  • 5. Minidisc MZ-1 (1992)

    5 /12(Nixdorf/Wikimedia)

    O Minidisc foi lançado pela Sony em 1992. No mesmo ano, a empresa começou a vender o MZ-1, primeiro gadget apto a executar o novo formato. No fim, a novidade terminou não pegando.
  • 6. Rio PMP300 (1998)

    6 /12(John Fader/Wikimedia)

    Um dos primeiros MP3 players a serem lançados no mercado, o Rio PMP300 saiu em 1998. Lançado pela Diamond, o gagdet tinha capacidade para armazenar 32 MB de música e vendeu mais de 200 mil unidades.
  • 7. GN803 Tavarua (1999)

    7 /12(Reprodução/Youtube)

    Com a popularização dos PCs na década de 1990, formatos digitais como o MP3 começaram a ganhar espaço. De olho nisso, a empresa americana Genica lançou em 1999 o GN803 Tavarua - primeiro CD player portátil capaz de ler CDs com arquivos MP3.
  • 8. Napster (1999)

    8 /12(Drew Money/Flickr)

    Criado pelos adolescentes Shawn Fanning e Sean Parker, o Napster foi a primeira grande rede de compartilhamento de música online. Apesar do sucesso, a rede foi alvo de processos por parte de gravadoras e terminou fechando em 2001.
  • 9. iPod (2001)

    9 /12(Getty Images)

    O iPod, da Apple, foi lançado em outubro de 2001. Inicialmente compatível apenas com computadores Mac, ele passou a conversar também com PCs rodando Windows numa fase posterior. O MP3 Player portátil chegou ao Brasil numa versão com capacidade de 5 GB de armazenamento - podendo guardar até 1.000 músicas.
  • 10. iTunes (2003)

    10 /12(Justin Sullivan/Getty Images)

    A loja iTunes, da Apple, inaugurada em 2003, foi a primeira a ter sucesso com a venda de música por download. Foi fundamental para que as gravadoras deixassem de ver o download de música com desconfiança.
  • 11. Spotify (2006)

    11 /12(Reprodução)

    Site de streaming de música criado em 2006, o Spotify só chegou ao Brasil neste ano. Esse tipo de serviço é uma tendência e deve se tornar, com o tempo, a forma mais comum de se ouvir música.
  • 12. Hoje, música se escuta é no celular

    12 /12(Reprodução/Youtube)

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