O CEO da Tesla, Elon Musk, está sendo processado pelo Twitter (TWTR34) (Aly Song/Reuters)
Laura Pancini
Publicado em 10 de fevereiro de 2022 às 09h51.
Uma agência reguladora da Califórnia, nos Estados Unidos, afirmou que entrou com uma ação contra a Tesla, empresa de veículos de Elon Musk, alegando discriminação racial e assédio na fábrica da marca em Fremont.
De acordo com o The Wall Street Journal, o Departamento de Emprego Justo e Habitação da Califórnia (DFEH, na sigla em inglês) recebeu "centenas de reclamações de trabalhadores" e encontrou evidências de que o local de trabalho seria "racialmente segregado".
A agência reguladora também está por trás da ação contra a desenvolvedora de games Activision Blizzard, recentemente adquirida pela Microsoft, por assédio sexual.
Sobre a Tesla, o DFEH disse que os funcionários negros eram frequentemente expostos a insultos raciais e pichações. Um trabalhador chegou a dizer que ouvia insultos de 50 a 100 vezes por dia.
Os trabalhadores relataram ter sido designados para funções que demandavam mais fisicamente, além de serem preteridos de oportunidades profissionais e disciplinados de forma mais severa.
Em uma postagem divulgada antes da denúncia se tornar pública, a empresa de Elon Musk chamou o processo de "injusto e improdutivo". “A Tesla se opõe fortemente a todas as formas de discriminação e assédio e tem uma equipe dedicada que responde e investiga todas as reclamações”, escreveu a empresa.
A Tesla afirmou em nota que mais de 50 investigações anteriores do DFEH nos últimos cinco anos foram encerradas sem nenhuma descoberta de má conduta. Em contrapartida, a empresa foi condenada a pagar 137 milhões de dólares em outubro de 2021 a um ex-funcionário negro, que acusou a empresa de ignorar discriminação e abuso racial em São Francisco.