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Telefônica analisa opções para ampliar fatia na Telecom Itália

A Telefônica estuda diferentes opções para comprar a fatia de seus sócios na Telecom Itália, segundo informações da Reuters

telefônica (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2013 às 06h12.

Madri - A Telefônica está estudando diferentes opções para comprar a fatia de seus sócios na Telecom Itália, sem adicionar muito peso à sua própria dívida, afirmou nesta quarta-feira à Reuters uma fonte próxima ao tema.

A oferta poderá ter o formato de uma troca de ações, mas existe a possibilidade de a Telefônica se desfazer de alguns ativos para conseguir pagar em dinheiro, disseram analistas.

A empresa italiana, controlada pela holding Telco na qual a Telefônica é a maior acionista, realizará uma reunião de Conselho em 19 de setembro.

"A Telefônica não quer ir (à reunião do Conselho) de mãos vazias, mas o desafio é encontrar uma solução que ofereça liquidez aos acionistas da Telco sem aumentar a dívida da Telefônica", disse a fonte, sem detalhar os formatos da possível solução.

A reunião irá discutir como relançar a fortemente endividada empresa italiana, incluindo uma possível mudança da estrutura de acionistas e planos para ampliar investimentos.

Os acionistas italianos da Telco preparam-se, em vários níveis, para vender suas fatias e diminuir suas perdas, já que terão agora sua primeira oportunidade de deixar o acordo de acionistas, que vence em 28 de setembro, afirmaram as fontes.

A Telefônica tem uma fatia indireta de 10,5 por cento na Telecom Itália por meio de sua participação de 46 por cento na Telco, formada pelos investidores italianos dos bancos Mediobanca, Intesa Sanpaolo e Generali.

A seguradora Generali, por exemplo, quer um comprador que possa pagar prêmios compatíveis com o valor contábil de sua fatia, que é cerca de duas vezes maior que o valor de mercado atual da Telecom Itália, afirmou à Reuters uma fonte próxima ao tema.

Analistas afirmam que uma possibilidade pode ser oferecer ações na Telefônica em troca de papéis não líquidos na holding, que não são diretamente negociados.

A Telefônica poderia também oferecer dinheiro depois de se desfazer de outros ativos, como a China Unicom, na qual tem uma fatia de cerca de 5 por cento avaliada em 1,5 bilhão de euros.

Mas o problema não é somente o valor, senão também política.

"Os acionistas italianos que querem sair são acionistas financeiros que foram levados à Telco pelo governo italiano em 2006 com o objetivo de manter a Telefônica em xeque", disse um analista falando na condição de anonimato.

"Agora as coisas mudaram, mas na cabeça dos políticos italianos que querem manter a empresa totalmente italiana, deixar a Telefonica com uma participação de 22,5 por cento não parece muito confortável", disse, completando que as alternativas à Telefônica não são fáceis de serem engolidas.

Mediobanca, Intesa e Generali não comentaram.

(Reportagem de Robert Hetz)

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