TIM (Reuters)
Da Redação
Publicado em 30 de janeiro de 2015 às 05h43.
O presidente-executivo da Telecom Italia, Marco Patuano, afirmou nesta quinta-feira (29) que os investimentos de sua controlada TIM Participações no Brasil em 2015 devem ser maiores que os aplicados no ano passado e que a companhia se mantém como investidora de longo prazo no país.
"Nos próximos anos, vamos ter um diferente padrão de investimento. Acho que vamos ter mais investimentos em telefonia móvel de terceira e quarta gerações (...). O investimento de 2015 será significativamente maior do que em 2013 e 2014", afirmou o executivo após reunião com o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini.
Ele não deu detalhes sobre valores, justificando que os números serão anunciados em 20 de fevereiro.
Perguntado sobre o processo de consolidação do setor de telecomunicações no Brasil, Patuano respondeu que não discutiu com Berzoini uma eventual fusão envolvendo a TIM, acrescentando que a conversa com o ministro foi "institucional".
O mercado trabalha com diferentes cenários para o setor de telecomunicações do país: uma eventual fusão entre TIM e Oi, uma eventual compra da Oi pela TIM ou uma compra da TIM pelas concorrentes Oi, Claro e Vivo. As empresas afirmam que a consolidação do mercado é necessária diante do cenário de redução de margens e necessidade de investimentos.
Patuano descartou que o grupo faça movimentos similares aos da espanhola Telefónica, que comprou no ano passado a operadora de banda larga GVT como forma de penetrar no mercado da telefonia fixa. Para ele, o foco das operações da Telecom Italia no Brasil é a telefonia móvel.
"Estamos muito focados em telefonia móvel, a TIM está se recuperando muito bem após momento de problemas na qualidade de serviço e vamos melhorar mais ainda em termos de cobertura, velocidade e tecnologia. Nesse momento, o foco das operações é a telefonia móvel", disse Patuano.
Patuano declarou que o baixo crescimento da economia brasileira não preocupa a Telecom Italia, já que a companhia pensa em investimentos de longo prazo.
"Acho que não é problema para investidores de longo prazo em infraestrutura como nós. Vamos aumentar os investimentos, então a confiança no país continua muito grande", declarou.