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Tectoy e Qualcomm anunciam game para emergentes

Videogame Zeebo chega para desafiar pirataria e permite download de jogos por redes 3G ou Edge

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2012 às 15h53.

Para ocupar uma fatia do mercado mundial de videogames, que deverá ser de 68 bilhões de dólares em 2012, a Zeebo – empresa formada pela Tectoy e a Qualcomm – criou um console de mesmo nome totalmente voltado para mercados emergentes. Assim, a empresa oficialmente passa a desafiar o mercado pirata.

O equipamento tem plataforma própria, é isento de mensalidades, oferece jogos em português e permite que os usuários baixem novos jogos via rede de terceira geração (3G) ou de celulares (Edge).

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“A aquisições dos créditos para desses downloads poderá ser por cartões pré-pagos da Claro, cartões de crédito, boletos bancários ou débito em conta”, afirma o diretor-presidente da empresa, Fernando Fischer. Os jogos terão três faixas de preço: 9,90, 19,90 e 29,90 reais.

Depois de comprar o equipamento o usuário só precisa conectá-lo à televisão e esperar alguns segundos até que automaticamente o produto capte a rede wireless disponível. “O tempo médio de download de um vídeo de 30 MB é de 3 minutos via rede 3G ou de 12 minutos via Edge”, completa.

A intenção da empresa é se consolidar como a quarta plataforma mundial de games, o que significa ficar atrás apenas do Playstation, da Sony; do Wii, da Nintendo e do Xbox, da Microsoft. Para isso estão estabelecidas parcerias com desenvolvedores de jogos como Sega, Nanco, Activison, Capcom e outras.

Segundo a Tectoy, para esses desenvolvedores de conteúdo vai valer a pena a parceria, já que o custo será de cerca de 400 mil dólares, contra 1 milhão de dólares aplicados para um jogo nas plataformas já estabelecidas.

O equipamento recebeu investimentos de 17, 2 milhões de reais. A maior parte veio da Qualcomm, que aplicou 5,4 milhões de dólares na empresa, que reverteu 100% dos recursos no novo produto.

Deve chegar às lojas a partir de abril do próximo ano, mas em apenas uma cidade, ainda a ser definida. “Uma capital”, adianta. Apesar disso, como o anúncio já foi feito, a empresa já tem uma linha de produção trabalhando no produto, na fábrica de Manaus (AM). “Não queremos criar o anseio e logo depois explicar a falta do videogame nas prateleiras”, diz.


O valor do videogame, mesmo com alterações de dólar deverá custar 600 reais, segundo o diretor-presidente da Tectoy. O executivo explica que apesar da alta do dólar e de o diretor-executivo saber que a elevação da moeda americana acima de 2,10 reais afeta os componentes vindos de fora do País, não se considera mexer no preço. “É para a classe média, não podemos passar dessa faixa”, diz.

A idéia do download dos jogos é semelhante ao modelo de aquisição de livro da Amazon Kindle, livro eletrônico lançado pela Amazon.com.

O leitor do e-books pode comprar diretamente as obras da Amazon.com, por meio de conexão sem fio.

Mas em uma tentativa de evitar críticas semelhantes, Fischer diz que a maior extravagância com o produto foram os gastos para a definição do design.

Além disso, para que o produto não fique comprometido com o armazenamento total – 1 GB está disponível – existe uma memória flash e um drive virtual no servidor será inserido até o próximo ano.

Nesta quarta-feira (12/11), a Tectoy também anunciou que fechou mais um semestre com as finanças saudáveis. Não significa que o resultado foi positivo, mas eles os executivos da companhia brincam dizendo que há excessos apenas de “colesterol bom”. “Se você tirar o valor do investimento no Zeebo, fechamos no azul”, afirma Fischer.

De acordo com o reporte à Bovespa, a receita líquida foi de 30,96 milhões de reais nos primeiros nove meses deste ano. O prejuízo líquido ficou em 1,44 milhões de reais.

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