Tecnologia dos beacons é usada para aumentar experiência em museu

A tecnologia dos beacons, usada para enviar sinais com informações diversas para smartphones, foi abraçada pela Apple recentemente com os iBeacons. E enquanto o sistema de localização da empresa vai sendo testado em eventos nos EUA, o New Museum, em Nova York, o usará para simular um campo minado virtual em uma exposição no próximo dia 4.

As informações vem do 9to5Mac, e a mostra faz parte do Dia Internacional de Conscientização para Minas e Assistência em Casos com Minas, organizado pela ONU. Visitantes do museu baixarão um aplicativo chamado Sweeper, para Android e iOS, que detectará pequenos transmissores espalhados pela área. Em ambos os sistemas, a interação é feita pela padrão iBeacon, baseado em Bluetooth LE (“low energy”, de baixo consumo de energia).

Os sinais enviados pelos pequenos dispositivos e detectados pelos telefones geram o som de uma explosão nos fones de ouvidos usados pelos visitantes. E após o susto, o relato de uma vítima de mina terrestre toma o lugar do som da bomba. “Os usuários são então convidados a fazer uma pequena doação de 5 dólares para evitar que ninguém mais tenha que passar pelo que acabaram de passar”, diz um comunicado da Sweeper.

Segundo texto divulgado pela UNICEF, as minas terrestres e restos de explosivos usadas em guerras espalhados pelo solo “continuam matando ou machucando pelo menos 15.000 pessoas por ano”. As vítimas principais são civis – menores de 18 anos em alguns países, como Afeganistão –, que acabam por ativar acidentalmente essas bombas mesmo anos ou décadas depois do fim dos conflitos em uma região.

As ações de conscientização, como essa da ONU, já ajudaram a diminuir o número de mortes, no entanto. Há 10 anos, por exemplo, o total de vítimas pelo mundo chegava a mais de 20 mil. A redução é lenta, mas ainda assim acontece. A tecnologia dos beacons, por sua vez, além de já ter se mostrado útil em lojas e eventos, enviando sinais com preços e horários aos telefones, prova que também pode ser utilizada para fins menos “comerciais”. Se quiser saber mais sobre ela, não deixe de checar o vídeo abaixo.

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