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Tecnologia evitou tragédia maior no Japão

Desde o terremoto de Kobe em 1995, governo japonês vem estimulando novas tecnologias e treinamentos contra desastres

Prédios com amortecimento e sistema de contrapeso evitam destruição ainda maior (Wikimedia Commons)

Prédios com amortecimento e sistema de contrapeso evitam destruição ainda maior (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2011 às 19h08.

São Paulo - Se não fossem os avanços da tecnologia na engenharia civil, o terremoto (acompanhado de um tsunami) poderia ter causado muito mais estragos no Japão.

O país - que tem cerca de 80 vulcões e encontra-se sobre uma placa tectônica bastante instável - tem investido bastante dinheiro em pesquisas na engenharia civil desde que um terremoto matou 6,5 mil pessoas e deixou 300 mil desabrigados na cidade de Kobe, em 1995. De lá para cá, o governo não só criou leis como estimulou cientistas a desenvolverem tecnologias para os prédios resistirem aos tremores.

Os edifícios maiores, inclusive, contam com amortecedores nas colunas entre os andares. Eles amenizam a tensão causada nas estruturas pela movimentação resultante das vibrações dos terremotos. Nos arranha-céus é utilizada uma enorme esfera de aço que age como contrapeso. Localizada na parte superior da construção, ela se move sempre em sentido contrário ao da vibração, aliviando as tensões causadas pelos tremores.

Rádios de pilhas

Além de colocar dinheiro e exigir onstruções resistentes, o governo do Japão também investe em treinamento. A população é constantemente obrigada a participar de simulações de tragédias. Segundo autoridades, elas ajudam a população a agir corretamente quando um desastre acontece.

Nessas simulações, o governo japonês estimula as famílias a manter, sempre, comida estocada para pelo menos três dias e ter à mão um conjunto de pilhas. Elas serão necessárias para manter as lanternas acesas (caso falte luz) e, também, os rádios funcionando – já que nos terremotos a internet acaba falhando e as redes celulares ficam inativas.

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