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Submarino tripulado chinês desce a cinco mil metros

Objetivo da missão é explorar e pesquisar os recursos do fundo do mar na região

Um guindaste ajuda a colocar o 'Jiaolong' no mar de Huanghai. (AFP)

Um guindaste ajuda a colocar o 'Jiaolong' no mar de Huanghai. (AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2011 às 13h20.

Pequim - Um submarino chinês conseguiu pela primeira vez descer com tripulantes a bordo a mais de 5.000 metros de profundidade, dentro do programa da China para explorar os recursos do fundo dos oceanos, informou a Agência de Assuntos Marítimos (SOA).

O "Jiaolong", nome inspirado num dragão da mitologia local, alcançou os 5.057 metros com três tripulantes e se manteve a esta profundidade durante meia hora. A imersão durou um total de seis horas, informou a SOA em seu site.

A operação foi realizada sob as águas do nordeste do Oceano Pacífico, segundo a agência Nova China, que indica que a esta profundidade o submarino chinês é capaz de alcançar 70% dos fundos oceânicos do planeta.

Depois da volta do "Jiaolong" à superfície, a televisão estatal difundiu imagens da tripulação carregando uma bandeira chinesa.

Na quinta-feira passada o mesmo submarino havia alcançado os 4.027 metros de profundidade.

Nas últimas décadas, a China recuperou frente aos países desenvolvidos uma parte de atraso no campo da exploração marinha, polar e espacial, convertendo-se em 2003 no terceiro país do mundo a enviar um homem ao espaço.

No âmbito das profundezas marinhas, a China é o quinto país a superar a barreira dos 3.500 metros em missões com tripulação, afirmou a imprensa local.

O recorde de descida pertence a um submergível americano que, em 1960, chegou ao final da fossa das Marianas, a 11.000 metros abaixo da superfície do mar das Filipinas.

O "Jiaolong", desenhado para superar os 7.000 metros de profundidade, está destinado à pesquisa científica e à exploração das riquezas naturais dos fundos marinhos.

Os cientistas acham que estes fundos marinhos contém reservas potenciais de valiosos minerais, apesar de a profundidade em que se encontram tornar difícil extraí-los em grandes quantidades.

Para Jian Zhimin, diretor de um laboratório de geologia marinha da Universidade Tongji de Xangai, não vai demorar muito para a China desenvolver a mineração nestas profundidades.

A parte meridional do Mar da China, que Pequim reivindica total ou parcialmente, possui importantes reservas de petróleo e gás.

Também há quem expresse preocupação pelos possíveis usos militares dos avanços tecnológicos destas pesquisas por Pequim.

A descida a 5.000 metros de profundidade do submarino chinês aconteceu depois que os meios de comunicação japoneses afirmaram este ano que Tóquio planejava intensificar sua busca de minerais submarinos.

Dessa forma, pesquisadores japoneses afirmaram ter localizado no fundo do Pacífico amplas reservas de terras raras, substâncias utilizadas para eletrônica de alta tecnologia.

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