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Startups apostam em governança corporativa para atrair investidores

Obtido com exclusividade pela Exame, estudo mostra como jovens empresas de tecnologia lidam com a prática

Governança corporativa: prática ainda é um desafio para as startups (Anyaberkut/Thinkstock)
RL

Rodrigo Loureiro

Publicado em 10 de dezembro de 2019 às 05h55.

Última atualização em 12 de dezembro de 2019 às 13h23.

São Paulo – Relacionamento pode ser a chave de um negócio. Principalmente se o objetivo for encontrar bons parceiros comerciais e angariar investimentos para startups . Essa conclusão vem do estudo Governança Corporativa em Startups e Scale-Ups: Práticas e Percepções, produzido pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e antecipado pela Exame .

Termo da moda nos últimos anos, governança corporativa refere-se aos costumes, regras e processos que uma empresa adota em sua cultura administrativa. Essas práticas são aplicadas no relacionamento entre sócios, diretores, órgãos fiscalizadores e demais atores que fazem parte do ecossistema empresarial.

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A adoção dessas práticas se dá, principalmente, pela intenção de seduzir investidores. Para 87,3% dos 150 gestores entrevistados, a governança corporativa se faz necessária na hora de captar investimentos para a expansão de um negócio. A internacionalização da operação e a busca por parceiros também foram pontos lembrados nesta questão.

Entre os benefícios buscados, destaque para o fortalecimento do modelo de gestão e o aprimoramento do processo decisório. Neste ponto, startups que aplicaram governança corporativa em suas operações observaram um aumento de agilidade e de qualidade na hora de tomar decisões.

Antes de fazer isso, porém, sócios, diretores, investidores e outros respondentes da pesquisa admitem que precisam afiar seus conhecimentos sobre o que realmente significa aplicar governança corporativa em suas linhas de trabalho. Em uma autoavaliação, a nota média sobre os conhecimentos relacionados ao termo foi de 6,2 pontos (de 10 possíveis).

A principal deficiência é a implementação de um conselho consultivo, uma vez que apenas 39% das empresas admitem fazer isso. Segundo o IBGC, a prática é recomendada principalmente para startups que estão na fase de tração – quando o modelo de negócio já foi validado e apresenta solidez para buscar escalabilidade – para auxiliar na transparência e na prestação de contas.

Vale destacar ainda que a adoção de códigos de ética e conduta no ambiente corporativo e a formalização da relação entre a empresa e os mentores externos também foram pontos praticados por um menor número de companhias. A principal justificativa para a ausência é a falta de tempo.

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