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Startup de meios de pagamento Hash cresceu 10 vezes no 1° semestre

Startup desenvolve produto digital que transforma empresas em prestadoras de serviços financeiros para comércios

HASH: startup quadruplicou valor transacionado e faturamento durante pandemia (Paulo Vitale/Hash/Divulgação)
TL

Thiago Lavado

Publicado em 18 de agosto de 2020 às 08h00.

Última atualização em 18 de agosto de 2020 às 10h03.

No mercado de fintechs, a startup Hash viu uma oportunidade: criar uma maneira para que companhias que fornecem serviços e produtos para o comércio pudessem oferecer, também, serviços financeiros.

A ideia é aproveitar a proximidade que fornecedores já tem de outros negócios para facilitar a implementação desse tipo de solução. Um exemplo prático é o caso da rede de lojas Leo Madeiras, distribuidora de materiais para marcenaria e indústrias de móveis. A Hash construiu o funcionamento da conta digital que a Leo Madeiras usa para conectar marceneiros e desenvolveu ainda uma máquina de cartão, a Leozinha, que permite aos marceneiros negociar parcelamento de compras e antecipação de recebíveis com a distribuidora.

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“É uma vantagem que a adquirente não consegue bater”, diz João Miranda, presidente e fundador da Hash, que explica ainda que é possível ainda usar o sistema de gestão da operação elaborado pela empresa, além de parcelar e escolher qual percentual da venda vai alocar para compra de matéria prima.

Miranda foi um dos primeiros desenvolvedores contratados pela Pagar.me, uma empresa de meios de pagamento que foi adquirida pela Stone em 2016. Ele acabou migrando para a área de vendas e percebeu que algumas empresas tinham uma demanda: ter soluções de meios de pagamento como as da startup, mesmo não sendo empresas do mercado financeiro. Em 2018, a Hash recebeu um aporte de 3,5 milhões de dólares do fundo Kaszek e, de acordo com Miranda, outro aporte está nos planos até o final de 2020.

A Hash terminou 2019 com faturamento de 2 milhões de reais, e prevê que este ano vai faturar 30 milhões. A receita cresceu 10 vezes no primeiro semestre do ano, e o volume processado quadriplicou desde o início da pandemia de coronavírus.

De acordo com Miranda, os resultados são positivos porque estão alinhados com interesses no atual momento: com a pandemia, tem sido mais difícil para os empresários conseguir prever os próximos meses e ter soluções financeiras ajuda no planejamento de pequenos negócios. “A base de clientes aumentou muito porque viram que as soluções customizadas ajudava a ter uma saúde financeira mais sólida”, afirma.

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