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Sonho da Amazon com drones desencadeia corrida por sensores

Engenheiros estão correndo para ajudar as aeronaves não tripuladas do tamanho de uma maleta a verem aonde estão indo

Drone Amazon PrimeAir é visto em uma foto divulgada para a Reuters (Amazon.com/Divulgação via Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2014 às 22h31.

Dallas - Em busca de construir drones que possam ajudar companhias como a Amazon.com a realizar entregas porta a porta, os engenheiros estão correndo para superar um desafio fundamental: ajudar as aeronaves não tripuladas do tamanho de uma maleta a verem aonde estão indo.

A resposta é desenvolver sensores que são inteligentes o suficiente para evitar que os drones batam em prédios, pessoas e tudo o mais que possa impedir sua viagem -- mesmo que sejam pequenos e leves para permanecer no ar.

Startups espalhadas pelos EUA, ávidas por uma fatia de um mercado que a Teal Group projetou que mais do que dobrará para US$ 11,6 bilhões até 2023, estão respondendo.

A Aurora Flight Sciences está testando a ecolocalização, um método que imita a forma em que os morfcegos voam no escuro, enquanto engenheiros da 3D Robotics Inc. estão optando por sensores óticos de fluxo, que detectam objetos examinando pixels de vídeo.

“Perceber e evitar, isso é uma das grandes oportunidades da indústria”, disse Jesse Kallman, diretor de desenvolvimento global de negócios da Airware, fabricante de equipamentos para drones com sede em São Francisco financiada pela Google Ventures.

“A tecnologia ainda não chegou lá, mas isso é algo que a indústria precisa urgentemente”.

O tamanho é a chave para o sucesso e quanto menor, melhor.

A Sagetech reduziu os transponders, que enviam e recebem sinais de localização de aviões, para dimensões aproximadas às de um cartão de crédito.

No Alasca, um empreendedor serial licenciou um sistema de radar em miniatura, tecnologia considerada mais difícil de reduzir devido à necessidade de uma antena e de um receptor.

Regulações aeroespaciais

O CEO da Amazon, Jeff Bezos, trouxe o conceito de entregas com drones à tona em uma entrevista concedida em 1 de dezembro ao “60 Minutes”, da CBS, dizendo que a Amazon planeja usar pequenos aviões, parecidos com helicópteros, para entregar pacotes de até 2,3 quilos em um raio de 16 quilômetros.

As regulações aeroespaciais americanas para drones estão apenas começando a ganhar forma.

Ainda existem “questões sérias não respondidas” a respeito da segurança e confiabilidade dos aviões não tripulados, disse um painel da Academia Nacional de Ciências dos EUA, ontem.

Um relatório do grupo de 17 membros citou “muitas barreiras substanciais” para integrar aviões não tripulados ao espaço aéreo americano, incluindo tecnologia, um sistema regulatório preparado para supervisioná-los e questões de privacidade.

Aplicações comerciais

As primeiras aplicações comerciais provavelmente serão tarefas como exame de colheitas, filmagens para o cinema e inspeção de pontes e torres de queimadores industriais onde é difícil e perigoso chegar.

Em relação à segurança pública, os robôs aéreos ajudarão a polícia a diagramar acidentes de automóveis e os bombeiros a ressaltarem pontos críticos durante um incêndio.

Aproveitar todo o potencial dos drones, como a visão de Bezos de aeronaves robôs levando compras feitas na Amazon, exigirá a capacidade de voar em piloto automático e além da linha de visão.

Haverá muitos deles para os pilotos remotos controlarem de forma direta e as autoridades monitorarem.

Para dar a pequenos drones a capacidade sensória de aviões jumbo, a Sagetech reduziu o peso do transponder para localização de aeronaves de 1,3 quilo para 99,2 gramas, disse o presidente da empresa, Kelvin Scribner.

A Sagetech, que tem sede em Hood River, Oregon, planeja produzir em dois anos uma unidade que permita que os drones evitem colisões com outros aviões.

Esse sistema pesará pouco menos de 200 gramas, ou apenas cerca de 5 por cento do equipamento de um avião comercial.

Lucas Van Oostrum, CEO da Aerialtronics, companhia holandesa que vendeu 250 drones, em sua maioria para clientes europeus, incluindo a polícia de Londres, espera que os sensores encolham e tenham o tamanho de moedas.

Ele vislumbra um sistema no qual veículos aéreos voarão de forma autônoma respeitando regras semelhantes às do trânsito nas ruas.

“Estamos indo do hardware para o software novamente, como aconteceu com os telefones celulares”, disse Van Oostrum.

“Primeiro você podia enviar mensagens de texto, depois elas passaram para os aplicativos e é aí que vemos aonde isso tudo vai parar também”.

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Dallas - Em busca de construir drones que possam ajudar companhias como a Amazon.com a realizar entregas porta a porta, os engenheiros estão correndo para superar um desafio fundamental: ajudar as aeronaves não tripuladas do tamanho de uma maleta a verem aonde estão indo.

A resposta é desenvolver sensores que são inteligentes o suficiente para evitar que os drones batam em prédios, pessoas e tudo o mais que possa impedir sua viagem -- mesmo que sejam pequenos e leves para permanecer no ar.

Startups espalhadas pelos EUA, ávidas por uma fatia de um mercado que a Teal Group projetou que mais do que dobrará para US$ 11,6 bilhões até 2023, estão respondendo.

A Aurora Flight Sciences está testando a ecolocalização, um método que imita a forma em que os morfcegos voam no escuro, enquanto engenheiros da 3D Robotics Inc. estão optando por sensores óticos de fluxo, que detectam objetos examinando pixels de vídeo.

“Perceber e evitar, isso é uma das grandes oportunidades da indústria”, disse Jesse Kallman, diretor de desenvolvimento global de negócios da Airware, fabricante de equipamentos para drones com sede em São Francisco financiada pela Google Ventures.

“A tecnologia ainda não chegou lá, mas isso é algo que a indústria precisa urgentemente”.

O tamanho é a chave para o sucesso e quanto menor, melhor.

A Sagetech reduziu os transponders, que enviam e recebem sinais de localização de aviões, para dimensões aproximadas às de um cartão de crédito.

No Alasca, um empreendedor serial licenciou um sistema de radar em miniatura, tecnologia considerada mais difícil de reduzir devido à necessidade de uma antena e de um receptor.

Regulações aeroespaciais

O CEO da Amazon, Jeff Bezos, trouxe o conceito de entregas com drones à tona em uma entrevista concedida em 1 de dezembro ao “60 Minutes”, da CBS, dizendo que a Amazon planeja usar pequenos aviões, parecidos com helicópteros, para entregar pacotes de até 2,3 quilos em um raio de 16 quilômetros.

As regulações aeroespaciais americanas para drones estão apenas começando a ganhar forma.

Ainda existem “questões sérias não respondidas” a respeito da segurança e confiabilidade dos aviões não tripulados, disse um painel da Academia Nacional de Ciências dos EUA, ontem.

Um relatório do grupo de 17 membros citou “muitas barreiras substanciais” para integrar aviões não tripulados ao espaço aéreo americano, incluindo tecnologia, um sistema regulatório preparado para supervisioná-los e questões de privacidade.

Aplicações comerciais

As primeiras aplicações comerciais provavelmente serão tarefas como exame de colheitas, filmagens para o cinema e inspeção de pontes e torres de queimadores industriais onde é difícil e perigoso chegar.

Em relação à segurança pública, os robôs aéreos ajudarão a polícia a diagramar acidentes de automóveis e os bombeiros a ressaltarem pontos críticos durante um incêndio.

Aproveitar todo o potencial dos drones, como a visão de Bezos de aeronaves robôs levando compras feitas na Amazon, exigirá a capacidade de voar em piloto automático e além da linha de visão.

Haverá muitos deles para os pilotos remotos controlarem de forma direta e as autoridades monitorarem.

Para dar a pequenos drones a capacidade sensória de aviões jumbo, a Sagetech reduziu o peso do transponder para localização de aeronaves de 1,3 quilo para 99,2 gramas, disse o presidente da empresa, Kelvin Scribner.

A Sagetech, que tem sede em Hood River, Oregon, planeja produzir em dois anos uma unidade que permita que os drones evitem colisões com outros aviões.

Esse sistema pesará pouco menos de 200 gramas, ou apenas cerca de 5 por cento do equipamento de um avião comercial.

Lucas Van Oostrum, CEO da Aerialtronics, companhia holandesa que vendeu 250 drones, em sua maioria para clientes europeus, incluindo a polícia de Londres, espera que os sensores encolham e tenham o tamanho de moedas.

Ele vislumbra um sistema no qual veículos aéreos voarão de forma autônoma respeitando regras semelhantes às do trânsito nas ruas.

“Estamos indo do hardware para o software novamente, como aconteceu com os telefones celulares”, disse Van Oostrum.

“Primeiro você podia enviar mensagens de texto, depois elas passaram para os aplicativos e é aí que vemos aonde isso tudo vai parar também”.

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