Smartphone é brinquedo para homens, câmera para mulheres
Uma pesquisa feita no Brasil mostra que há grandes diferenças na maneira como homens e mulheres usam o smartphone
Maurício Grego
Publicado em 2 de abril de 2012 às 10h12.
São Paulo — Os homens jogam mais no smartphone. As mulheres preferem fotografar com o aparelho. Essas conclusões fazem parte de uma pesquisa da Ericsson , que aponta diferenças na maneira como homens e mulheres usam o smartphone . Eles gostam de jogar, de experimentar novos apps e de publicar piadas em redes sociais. Elas se comunicam mais vezes ao longo do dia e fotografam mais.
O estudo foi feito com base em dados coletados ao longo de 2011 no Brasil. Ele revela que a atitude das mulheres em relação à tecnologia é mais conservadora que a dos homens. “Elas gostam de novidades, mas só usam alguma coisa nova quando têm certeza de que vai funcionar. Já os homens instalam muitos aplicativos pela curiosidade de conhecê-los”, diz, em entrevista a EXAME.com, Júlia Casagrande, especialista do Ericsson ConsumerLab, o laboratório da empresa que realizou o estudo.
Uma consequência disso é que, segundo Júlia, o acesso a serviços bancários no smartphone, por exemplo, é muito mais comum entre os homens que entre as mulheres. Os homens também são maioria entre as pessoas que jogam no smartphone. A Ericsson apurou que 36% dos proprietários desses aparelhos do sexo masculino jogam, enquanto apenas 16% das mulheres fazem isso.
Fotografia
A situação se inverte no uso da câmera do celular. 80% das mulheres empregam o smartphone para fotografar , contra 60% dos homens. A pesquisa não investiga as razões para isso. Mas é possível que os homens estejam mais dispostos a carregar uma câmera fotográfica, usando-a no lugar do smartphone em determinadas situações.
O time masculino, porém, envia mais fotos via MMS, e-mail e redes sociais. 50% dos homens fazem isso, contra 40% das mulheres. “Os homens veem as redes sociais como espaço de diversão. Entram nelas quando têm tempo livre. Gostam de ir ao Facebook para comentar o jogo de futebol que acabou de terminar. Também publicam piadas sem se preocupar se alguém vai responder”, diz Júlia.
Já as mulheres, aponta a pesquisa, são mais metódicas. Elas tendem a acessar as redes sociais no smartphone várias vezes durante o dia. 60% delas fazem isso logo cedo, ao acordar. É um hábito que só 17% dos homens cultivam. A situação se repete na hora do almoço, quando 43% das mulheres que possuem smartphone vão às redes sociais , contra apenas 9% dos homens.
A Ericsson fez a mesma pesquisa nos Estados Unidos e no Reino Unido. Os resultados obtidos nesses países mostram as mesmas diferenças de comportamento entre homens e mulheres observadas no Brasil. "Também lá, vemos os homens liderando os serviços de entretenimento e as mulheres, os serviços de comunicação", diz Júlia.
SMS x e-mail
A Ericsson prevê que o mundo terá 50 bilhões de dispositivos conectados até 2020, sendo 2 bilhões no Brasil. Júlia avalia que o crescimento do uso de mensagens em redes sociais e do e-mail – uma consequência da popularização dos smartphones e da internet móvel – tende a reduzir o número de chamadas de voz que as pessoas fazem. “Mas achamos que o uso de SMS não vai diminuir. O SMS é rápido e prático. E as operadoras têm oferecido pacotes atraentes que tornam barata essa forma de comunicação”, diz ela.
São Paulo — Os homens jogam mais no smartphone. As mulheres preferem fotografar com o aparelho. Essas conclusões fazem parte de uma pesquisa da Ericsson , que aponta diferenças na maneira como homens e mulheres usam o smartphone . Eles gostam de jogar, de experimentar novos apps e de publicar piadas em redes sociais. Elas se comunicam mais vezes ao longo do dia e fotografam mais.
O estudo foi feito com base em dados coletados ao longo de 2011 no Brasil. Ele revela que a atitude das mulheres em relação à tecnologia é mais conservadora que a dos homens. “Elas gostam de novidades, mas só usam alguma coisa nova quando têm certeza de que vai funcionar. Já os homens instalam muitos aplicativos pela curiosidade de conhecê-los”, diz, em entrevista a EXAME.com, Júlia Casagrande, especialista do Ericsson ConsumerLab, o laboratório da empresa que realizou o estudo.
Uma consequência disso é que, segundo Júlia, o acesso a serviços bancários no smartphone, por exemplo, é muito mais comum entre os homens que entre as mulheres. Os homens também são maioria entre as pessoas que jogam no smartphone. A Ericsson apurou que 36% dos proprietários desses aparelhos do sexo masculino jogam, enquanto apenas 16% das mulheres fazem isso.
Fotografia
A situação se inverte no uso da câmera do celular. 80% das mulheres empregam o smartphone para fotografar , contra 60% dos homens. A pesquisa não investiga as razões para isso. Mas é possível que os homens estejam mais dispostos a carregar uma câmera fotográfica, usando-a no lugar do smartphone em determinadas situações.
O time masculino, porém, envia mais fotos via MMS, e-mail e redes sociais. 50% dos homens fazem isso, contra 40% das mulheres. “Os homens veem as redes sociais como espaço de diversão. Entram nelas quando têm tempo livre. Gostam de ir ao Facebook para comentar o jogo de futebol que acabou de terminar. Também publicam piadas sem se preocupar se alguém vai responder”, diz Júlia.
Já as mulheres, aponta a pesquisa, são mais metódicas. Elas tendem a acessar as redes sociais no smartphone várias vezes durante o dia. 60% delas fazem isso logo cedo, ao acordar. É um hábito que só 17% dos homens cultivam. A situação se repete na hora do almoço, quando 43% das mulheres que possuem smartphone vão às redes sociais , contra apenas 9% dos homens.
A Ericsson fez a mesma pesquisa nos Estados Unidos e no Reino Unido. Os resultados obtidos nesses países mostram as mesmas diferenças de comportamento entre homens e mulheres observadas no Brasil. "Também lá, vemos os homens liderando os serviços de entretenimento e as mulheres, os serviços de comunicação", diz Júlia.
SMS x e-mail
A Ericsson prevê que o mundo terá 50 bilhões de dispositivos conectados até 2020, sendo 2 bilhões no Brasil. Júlia avalia que o crescimento do uso de mensagens em redes sociais e do e-mail – uma consequência da popularização dos smartphones e da internet móvel – tende a reduzir o número de chamadas de voz que as pessoas fazem. “Mas achamos que o uso de SMS não vai diminuir. O SMS é rápido e prático. E as operadoras têm oferecido pacotes atraentes que tornam barata essa forma de comunicação”, diz ela.