Site do Obamacare falha vergonhosamente e irrita americanos
O site Healthcare.gov, portal do novo sistema de saúde de Obama, vem falhando desde que estreou, em 1º de outubro
Maurício Grego
Publicado em 14 de outubro de 2013 às 15h33.
São Paulo -- Desenvolvido ao longo de três anos a um custo estimado em 634 milhões de dólares, o site Healthcare.gov, portal do novo sistema de saúde americano apelidado Obamacare, entrou em operação no dia 1º deste mês. Mas as falhas têm sido tantas que o site até teve de zerar as senhas dos usuários.
O Healthcare.gov marca o início da operação plena do novo sistema de saúde que é uma das marcas da administração Obama. Ele oferece planos subsidiados com base no chamado Patient Protection and Affordable Care Act, a lei da proteção ao paciente e assistência média acessível.
Essa lei foi aprovada em 2010 em meio a intenso debate político. Para Obama e seus partidários, o Healthcare.gov é importante demais para falhar. Mas falhou em grande estilo, naquele tipo de situação que os americanos chamam de " epic fail ".
O sistema foi desenvolvido por três empresas contratadas pelo governo americano. No dia 8, Sean Gallagher, do site Ars Technica, fez um teste e verificou que só para entrar na tela de login demorava-se até quatro minutos. Muitos usuários reclamavam que não conseguiam entrar no site após registrarem-se.
Gallagher afirma que o Healthcare.gov nunca foi testado com a carga de usuários que teria de suportar. Além disso, ele parece não ter sido projetado para suportar tráfego tão intenso.
Ele examinou a página inicial do Healthcare.gov e verificou que ela inclui 2.099 linhas de código HTML e ainda chama 56 arquivos com código em JavaScript e 11 folhas de estilo em CSS. É uma página pesada demais para um site de alto tráfego.
John Casaretto, do blog Silicon Angle, diz que a possibilidade de um ataque cibernético ter prejudicado o site foi investigada e afastada. Se não houve ataque, conclui ele, só se pode concluir que o sistema foi subdimensionado.
Casaretto cita outro especialista, Matthew Hancock. Como Galagher, Hancock analisou as páginas do Healthcare.org e verificou que elas são terrivelmente pesadas. Quando alguém clica em Registrar-se, há uma torrente de dados trocados entre o servidor e o computador do usuário.
Hancock rastreou os arquivos requisitados pela página. São 92, sendo que 56 deles contêm código em JavaScript. Sua conclusão é que o site gera tanto tráfego para si mesmo que é quase como se ele se auto-atacasse. O efeito é similar ao de um ataque de negação de serviços realizado por hackers .
São Paulo -- Desenvolvido ao longo de três anos a um custo estimado em 634 milhões de dólares, o site Healthcare.gov, portal do novo sistema de saúde americano apelidado Obamacare, entrou em operação no dia 1º deste mês. Mas as falhas têm sido tantas que o site até teve de zerar as senhas dos usuários.
O Healthcare.gov marca o início da operação plena do novo sistema de saúde que é uma das marcas da administração Obama. Ele oferece planos subsidiados com base no chamado Patient Protection and Affordable Care Act, a lei da proteção ao paciente e assistência média acessível.
Essa lei foi aprovada em 2010 em meio a intenso debate político. Para Obama e seus partidários, o Healthcare.gov é importante demais para falhar. Mas falhou em grande estilo, naquele tipo de situação que os americanos chamam de " epic fail ".
O sistema foi desenvolvido por três empresas contratadas pelo governo americano. No dia 8, Sean Gallagher, do site Ars Technica, fez um teste e verificou que só para entrar na tela de login demorava-se até quatro minutos. Muitos usuários reclamavam que não conseguiam entrar no site após registrarem-se.
Gallagher afirma que o Healthcare.gov nunca foi testado com a carga de usuários que teria de suportar. Além disso, ele parece não ter sido projetado para suportar tráfego tão intenso.
Ele examinou a página inicial do Healthcare.gov e verificou que ela inclui 2.099 linhas de código HTML e ainda chama 56 arquivos com código em JavaScript e 11 folhas de estilo em CSS. É uma página pesada demais para um site de alto tráfego.
John Casaretto, do blog Silicon Angle, diz que a possibilidade de um ataque cibernético ter prejudicado o site foi investigada e afastada. Se não houve ataque, conclui ele, só se pode concluir que o sistema foi subdimensionado.
Casaretto cita outro especialista, Matthew Hancock. Como Galagher, Hancock analisou as páginas do Healthcare.org e verificou que elas são terrivelmente pesadas. Quando alguém clica em Registrar-se, há uma torrente de dados trocados entre o servidor e o computador do usuário.
Hancock rastreou os arquivos requisitados pela página. São 92, sendo que 56 deles contêm código em JavaScript. Sua conclusão é que o site gera tanto tráfego para si mesmo que é quase como se ele se auto-atacasse. O efeito é similar ao de um ataque de negação de serviços realizado por hackers .