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Site colaborativo 'Smaps' ajuda a mapear crimes no mundo todo

O Smaps já cadastrou mais de duas mil denúncias de vítimas no mundo todo e está habilitado em todos os países

Smaps (Reprodução)

Smaps (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2014 às 13h54.

Se você se preocupa com sua segurança no dia a dia, provavelmente esta é uma boa notícia: um novo site colaborativo pode ajudar a evitar caminhos perigosos. O chamado Smaps é um banco de dados em que pessoas registram crimes em suas regiões e estes ficam disponíveis para qualquer pessoa que acessar o site. Há, também, versões em aplicativos para Android e iOS.

Também é possível pesquisar um crime no mapa, criar uma rota mais segura – evitando caminhos que tenham muitos registros de furtos, roubos ou assaltos, por exemplo – cadastrar seu e-mail para receber alertas de crimes em sua região, cadastrar uma câmera externa, caso possua uma, para compartilhar imagens de sua rua e colaborar com o monitoramento da segurança ao seu redor.

O Smaps já cadastrou mais de duas mil denúncias de vítimas no mundo todo e está habilitado em todos os países, mas a Internet não é aberta e não existe liberdade de expressão em alguns deles. Mesmo assim, é possível registrar crimes na plataforma nestes locais, de acordo com Douglas Roque, administrador de empresas de São Paulo e idealizador do Smaps .

A INFO, o empresário disse que a ideia de criar o site surgiu da vontade pessoal de fazer uma ferramenta que poderia realmente ajudar as pessoas. “Tinha acabado de vender a minha empresa de tecnologia, uma franquia de lojas online, e me dediquei 100% ao Smaps. O gasto até hoje foi algo próximo a 300 mil reais, de recurso próprio”, disse.

Para usar o serviço, primeiro, é preciso acessar o site e permitir que seu pc ative a geolocalização. Depois, você terá que fazer um breve cadastro com seu e-mail. Aí, então, é possível registrar um crime clicando em Registrar Crime, no menu superior.  Ao clicar, você pode escolher a opção “Meu Local”, que deduz onde você se encontra pela geolocalização, ou digitar um endereço.

Então, basta informar o tipo do crime (há uma lista com diversos tipos). Em caso de roubos ou furtos, uma segunda lista aparece, permitindo que você informe o tipo de objeto que foi levado. Finalizado o registro, ele aparece em um mapa no topo do site – que é fornecido por uma API do Google. Também é possível avisar seus amigos da ocorrência a partir das opções de compartilhamento por Facebook ou por e-mail.

O Smaps, inclusive, possui parceria com alguns Conselhos Comunitários de Segurança (CONSEGs), entre eles os de Santa Cecíla e Bela Vista, em São Paulo, e o de Água Verde, em Curitiba. “As CONSEGs, por meio da função ‘avise-me’, cadastram a região à qual pertencem e todos recebem as informações das ocorrências do mês. A cada reunião, são apresentados os crimes para cada CONSEG e as autoridades buscam dar prioridades. O delegado da polícia civil e o capitão da PM de cada região, então, apresentam as ações que fizeram para combater a criminalidade”, afirma.

A ideia agora, segundo Roque, é que o Smaps se torne referência em utilidade pública para a segurança, e para que isso aconteça ele tem feito e estudado parcerias com governos, associações e organizações civis e não governamentais. “Como o assunto que tratamos abrange a todos de uma maneira geral, podemos fazer diversas parcerias que tenham o mesmo pensamento do Smaps”, disse ele. 

Apesar das parcerias com as CONSEGs, vale lembrar que os registros de crimes no Smaps não substituem o boletim de ocorrência, já que não possuem valor legal.

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