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Sistema energético está 'equilibrado', diz governo

'Temos condições de atender ao mercado previsto até o fim do período seco sem racionamento', afirmou Altino Ventura

Energia (Getty Images)

Energia (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2014 às 08h21.

O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Altino Ventura, afirmou nesta quarta-feira, 14, que o sistema energético do País está "equilibrado" para garantir o fornecimento sem a necessidade de racionamento em 2014.

"Temos condições de atender ao mercado previsto até o fim do período seco sem racionamento", afirmou Ventura, durante o Seminário Internacional de Energia Nuclear, no Rio. "Todas as análises mostram que o sistema está estruturalmente equilibrado. A visão do ministério é de que o sistema brasileiro está dimensionado estruturalmente e conjunturalmente", completou.

Ventura afirmou que o "equilíbrio da oferta e da demanda" é amplamente discutido, a partir do monitoramento feito há mais de 81 anos sobre o comportamento hidrológico do País. "Pode até ser que haja cenários piores, alguns fenômenos, mas nós não consideramos", afirmou.

O secretário defendeu ainda que "o problema das distribuidoras foi resolvido", em referência aos empréstimos concedidos pelo governo, via Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), para compensar as perdas com a atual crise do setor. "Podem ser feitos ajustes, mas foi resolvido", garantiu.

Quanto às empresas geradoras, entretanto, ele disse que a atual situação é "um risco hidrológico" próprio do negócio. "O leilão A-0 foi um sucesso, a parcela sem cobertura foi pequena. Para as geradoras, há um risco hidrológico ligado à diferença entre a geração e o valor cobrado pelo que entregaria", explicou.

Ventura ainda garantiu que o País mantém a previsão de criar quatro usinas de energia nuclear "no horizonte de 2030". "Até 2022, só Angra 3. Em algum momento o plano pode identificar outras soluções, não só nuclear. Mas não há uma decisão", afirmou.

Segundo ele, o País busca diversificar sua matriz energética. "Na próxima década o País vai passar por uma transição da expansão majoritariamente hidrelétrica e terá de buscar outras fontes, mas sempre terá térmicas de base mistas, de carvão, gás e nuclear. Não se imagina atender ao mercado só com as energias renováveis", afirmou.

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