Disponível apenas para usuários que desbloquearam seus tablets pelo método “jailbreak”, o Quasar permite que os outros aplicativos sejam executados em janelas (Robert Galbraith/Reuters)
Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2012 às 19h09.
No começo desta semana, Pedro Franceschi, de 15 anos, mostrou mais uma vez que as invenções da Apple não guardam segredos para ele. O jovem – que ganhou fama aos 12 anos por desbloquear o sistema operacional do iPhone e que, no começo deste ano, “ensinou” português ao aplicativo Siri – acaba de criar um programa responsável por aproximar os iPads dos computadores normais: o gerenciador de janelas Quasar.
Disponível apenas para usuários que desbloquearam seus tablets pelo método “jailbreak” (que libera a instalação de programas e recursos não oficiais nos aparelhos), o Quasar permite que os outros aplicativos sejam executados em janelas semelhantes às presentes nos sistemas operacionais Windows, da Microsoft, e Mac OS, da Apple. Em entrevista exclusiva ao site de Veja, Pedro fala sobre o projeto.
- Quando você começou a trabalhar no Quasar?
Pedro Franceschi: Há dois meses, quando tive a ideia de trazer um pouco da experiência de multitarefa do desktop para o iPad, permitindo rodar várias aplicações ao mesmo tempo no dispositivo.
- Quais ferramentas foram utilizadas no desenvolvimento do aplicativo?
Franceschi: Usei o terminal do sistema (junto com compiladores e scripts, ferramentas comuns usadas em programação) e um editor de texto (TextMate, o meu favorito) com suporte à linguagem de programação para o iOS.
- Quantas janelas você pode abrir simultaneamente?
Franceschi: Não há limite de janelas. Você pode abrir quantas o processador do iPad aguentar.
- Existe alguma possibilidade de vermos o Quasar na App Store oficial?
Franceschi: Não. Oficialmente, a Apple não permite esse tipo de modificação em seu sistema. Foi exatamente por isso que lancei o Quasar na Cydia Store.
- Qual é o retorno da Cydia Store para os desenvolvedores?
Franceschi: O retorno é surpreendente. Por se tratar de uma loja virtual que oferece programas singulares, e que não existem na App Store, as pessoas tendem a pagar pelo que encontram. Também há uma ideia de pagar para ajudar no desenvolvimento dos projetos – algo que é muito interessante no mundo do jailbreak. Financeiramente, as condições são iguais às da App Store (70% para o desenvolvedor, 30% para a loja).
- Você pode dar uma prévia sobre os seus próximos planos?
Franceschi: Pretendo continuar atualizando e adicionando recursos ao Quasar. Esse é, definitivamente, o meu maior projeto para o iOS e está muito longe de estar finalizado.