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São Paulo quer reciclar e compostar 80% do lixo

A administração espera que até 2033 ao menos 30% dos paulistanos tratem dentro de casa os resíduos orgânicos domiciliares.

lixo (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2014 às 07h33.

A Prefeitura de São Paulo quer reduzir, nos próximos 20 anos, de 98,2% para 20% o volume de lixo gerado pela capital paulista que é despejado nos aterros sanitários. A meta está prevista no Plano de Resíduos Sólidos, que será apresentado hoje pelo prefeito Fernando Haddad (PT).

Para atingir a meta,a administração espera que até 2033 ao menos 30% dos paulistanos tratem dentro de casa os resíduos orgânicos domiciliares,que correspondem a 51% das 20,1 mil toneladas de lixo coletado por dia na cidade.

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A Prefeitura deve começar ainda este mês a distribuir gratuitamente 2mil equipamentos para que as pessoas façam a compostagem dos restos de alimentos,que viram adubo após o tratamento. Segundo a gestão, 6,3mil toneladas de lixo são compostáveis."O objetivo é reter o máximo possível os orgânicos e diminuir o lixo destinado aos aterros", disse o presidente da Autoridade Municipal deLimpeza Urbana (Amlurb), Silvano Silvério da Costa.

Segundo o secretário municipal de Serviços, Simão Pedro, o novo plano adequa o sistema decoleta da Prefeitura ao Plano Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010. "Fizemos uma opção radical pela reciclagem, em vez de apostar em outras resoluções,como incineração do lixo", afirmou.

Centrais

O plano municipal prevê a construção de quatro centrais de reciclagem para osresíduos secos, como latas, vidros, plásticos e papéis. Duas delas, nos bairros Ponte Pequena (região central) e Interlagos (zona sul),devem ser inauguradas em junho. As demais só devem entrar em operação em 2016. "Com isso, nós pretendemos quintuplicar o volume de lixo reciclado. Hoje, são cerca de 250 toneladas por dia. A meta é chegar a 1.250 toneladas", disse Costa.Segundo ele, a ideia é ampliar ainda a parceria da Prefeitura com os catadores de material reciclável nas ruas.

O plano prevê que, até 2016, no fim da gestão Haddad, os 96 distritos da capital estejam cobertos com a coleta seletiva. Hoje, apenas 75 distritos, que correspondem a 42% dos domicílios paulistanos, recebem a coleta segregada de resíduos. Para o lixo reciclável úmido, como caixas de pizza, papel higiênicoe fraldas descartáveis, a gestão Haddad pretende criar três ecoparques na cidade. Inspirados em instalações existentes na Alemanha e na Espanha,os locais separam o que é possível ser reciclado do que é rejeitoe deve ir para os aterros.O plano também inclui meta da gestão Haddad de compostar 100% do lixo das 880 feiras livres até 2016.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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