Samsung: segundo a Reuters, os EUA implementou um novo sistema de licenciamento anual para regular o envio de equipamentos críticos de fabricação de chips às fábricas chinesas. (AFP/Divulgação)
Redação Exame
Publicado em 30 de dezembro de 2025 às 07h18.
O governo dos Estados Unidos concedeu uma licença anual à sul-coreana Samsung Electronics para levar equipamentos de fabricação de chips às suas instalações na China. A informação foi confirmada por duas fontes com conhecimento direto do assunto à Reuters nesta terça-feira, 30.
A decisão representa um alívio temporário para fabricantes de semicondutores da Coreia do Sul, como Samsung e SK Hynix, que enfrentam incertezas crescentes com o endurecimento das políticas de exportação dos EUA em relação à China.
Segundo a Reuters, os EUA implementou um novo sistema de licenciamento anual para regular o envio de equipamentos críticos de fabricação de chips às fábricas chinesas.
A medida vem após o governo norte-americano anunciar, no início deste ano, o fim das isenções concedidas a certas empresas do setor — o chamado status de usuário final validado, que expira em 31 de dezembro.
Com o fim do privilégio, empresas como Samsung, SK Hynix e TSMC precisarão de autorizações formais para continuar enviando equipamentos norte-americanos às suas plantas em território chinês a partir de 2026.
Procuradas, Samsung e SK Hynix preferiram não comentar o assunto. A TSMC, de Taiwan, também não se pronunciou até o momento. O Departamento de Comércio dos EUA não respondeu aos pedidos de esclarecimento feitos fora do horário comercial.
A China é uma base de produção estratégica para Samsung e SK Hynix, especialmente na fabricação de chips de memória convencionais — insumo cuja demanda tem aumentado com a expansão de data centers de inteligência artificial. Atualmente, ambas as empresas figuram entre os maiores produtores globais do setor.
O novo regime de licenças reflete o esforço da administração do ex-presidente Donald Trump em reforçar o controle sobre a exportação de tecnologia sensível para a China, movimento que ganhou tração com as revisões feitas sobre decisões consideradas permissivas durante o governo Joe Biden.