São Paulo - Uma das principais feiras de eletrônico do mundo, a IFA, realizada em Berlim, começa nesta sexta-feira, 05, mas algumas das principais empresas que vão participar do evento decidiram se antecipar à enxurrada de novidades que a feira deve trazer nos próximos dias. Sony, Asus e Samsung divulgaram na quarta-feira, 03, em seus lançamentos.
Os principais destaques ficaram com a Samsung. A empresa lançou o Gear VR, um óculos de realidade virtual previsto para chegar ao mercado até o fim do ano, ainda sem preço.
Feito em parceria com a Oculus VR, empresa que foi adquirida pelo Facebook, por US$ 2 bilhões, no começo do ano, o Gear VR chega para concorrer com os similares Oculus Rift, fabricados pela mesma empresa, e com o Project Morpheus, da Sony.
O dispositivo da Samsung tem conexão com smartphones da empresa e é visto por analistas como uma ferramenta capaz de popularizar a realidade virtual, tendência na área de games.
A empresa também apresentou duas versões de seu smartphone de tela grande, o Galaxy Note. Uma delas, a Galaxy Note Edge, traz uma tela com bordas curvas. O celular aproveita o espaço a mais na tela para mostrar notificações e os aplicativos mais usados pelo usuário, tentando fazer com que ele ganhe tempo ao usar o smartphone.
Outra novidade da Samsung foi o relógio Gear S, que renova a linha de relógios inteligentes da empresa, lançada na IFA no ano passado. Com tela de 2 polegadas, o Gear S utiliza o sistema próprio da Samsung, o Tizen, que já conta com mais de mil aplicativos. Segundo a empresa, o Gear S não deve substituir o uso de um celular, mas ser um complemento para os smartphones.
Guerra de relógios
Sony e Asus também mostraram novos modelos de relógios inteligentes em suas coletivas de imprensa. O aparelho vestível promete dar a tônica das principais novidades na IFA: são esperados na próxima semana novos dispositivos do gênero feitos por Motorola e LG.
A tailandesa Asus, dona de uma linha de smartphones que chegará em breve ao Brasil, anunciou seu primeiro relógio inteligente. Ao preço de 200, o Zen Watch impressiona pelo visual. O aparelho tem tela de 1,6 polegada e roda no sistema Android Wear, feito pelo Google.
Também usa Android Wear o novo relógio inteligente da Sony, o SmartWatch 3, que tem tela de 1,68 polegada e, em versão atualizada, ganha contornos suavizados e é à prova dágua.
No evento, a empresa mostrou uma nova versão de sua pulseira inteligente, a SmartBand Talk. Ela é capaz de atender ligações se unida a um microfone e de adicionar anotações de voz sincronizadas ao aplicativo Evernote. Outra novidade da pulseira, que custa 160, é que ela é capaz de perceber a inclinação do movimento de seu usuário ao contar seus passos.
A Sony aproveitou o evento para adicionar três novos produtos à sua linha Xperia, voltada para tablets e smartphones. O celular Xperia Z3 tem tela de 5,2 polegadas, com 2,5 GHz de processamento e 16 GB de armazenamento, além de ter integração com o PlayStation 4 (o usuário poderá jogar o videogame usando o smartphone como tela). Seu irmão menor, o Z3 Compact, tem tela de 4,7 polegadas e também pode ser integrado com o PS4.
Além disso, a empresa criou uma versão tablet de seus novos aparelhos, o Tablet Z3 Compact, capaz de fazer ligações e com tela de 8 polegadas. Nenhum dos três produtos tem preço definido ainda, nem data de lançamento para o Brasil.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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1. Ficção ou realidade?
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1/11 (Steve Bonini/Getty Images)
São Paulo - Quando o assunto é
tecnologia, realidade e
ficção sempre foram duas esferas muito parecidas. Enquanto escritores, diretores de
cinema e outros artistas se esforçavam para pensar novos recursos tecnológicos para seus personagens, cientistas faziam o mesmo pelas pessoas em seus laboratórios. O resultado inevitável é que muito do que era de mentirinha hoje já é realidade. A seguir, veja alguns casos desse tipo.
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2. Capa de invisibilidade (Harry Potter)
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2/11 (Divulgação)
A capa de invisibilidade era um dos itens usados por Harry Potter em suas aventuras. Na vida real, a Hyperstealth desenvolveu algo parecido. "O Quantum Stealth é um material que torna o alvo completamente invisível, dobrando as ondas de luz ao seu redor", afirma a empresa em
texto sobre a invenção. Criado para finalidades militares, o Quantum Stealth remove assinaturas visuais, térmicas e infravermelhas. Aprovado pelos exércitos americano e canadense, o material funciona sem a ajuda de espelho ou câmeras.
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3. Franck (O Homem Biônico)
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3/11 (Joshua Roberts/Reuters)
Nos anos 1970, a série O Homem Biônico foi sucesso no Brasil. Quarenta anos depois, a empresa londrina Shadow Robot apresentou no Instituto Smithsonian de Washington
Franck, uma máquina que anda, fala e respira feito gente. Franck tem 1,83 de altura, 77 quilos e custou 1 milhão de dólares. Ele é fruto da reunião de 28 partes artificiais do corpo humano produzidas por diferentes empresas da área. Por meio de câmeras, ele "enxerga" e aparelhos permitem sua audição. Um coração de mentira bombeia o sangue. Porém, Franck não é ainda um homem completo. Faltam-lhe um cérebro e um fígado - além de um estômago, o que o impede de comer. Por último, mais uma curiosidade: Franck foi programado para se comportar como um menino ucraniano de 13 anos. Logo, seus próprios criadores advertem que ele pode não ser a "pessoa" mais agradável para se conversar.
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4. Óculos inteligentes (De volta pro futuro 2)
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4/11 (Wikimedia Commons)
Em várias cenas de "De volta para o Futuro 2", Marty McFly e outros personagens da trama surgem na tela com enormes óculos cheios de circuitos eletrônicos à mostra. O filme foi lançado em 1989 e 25 anos depois, a surpresa: quase estamos usando coisas parecidas com aquelas. Ainda em 2013, o Google lançou em fase de testes o Google Glass. O gadget permite a quem o veste acessar várias informações com o auxílio das
mãos, dos olhos e de outras formas. A frase
"Ok, Glass", que ativa os comandos de voz do aparelho, já virou um clássico da internet. Além do Google, outras empresas têm se dedicado a criar gadgets parecidos -
como a Samsung. Mais do que óculos, há uma tendência na indústria da tecnologia voltada para o desenvolvimento dos wearables ou "gadgets para vestir", em tradução livre.
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5. Robôs Domésticos (Os Jetsons)
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5/11 (Reprodução)
Na década de 1960, os brasileiros conheceram Rosie, a simpática e atrapalhada empregada doméstica eletrônica dos Jetsons. Cinquenta anos depois, ela parece cada vez mais perto da realidade - graças aos avanços da tecnologia. No fim do ano passado, uma exposição em Tóquio mostrou as novidades no setor. Na ocasião, a empresa Doog apresentou pequenos robôs com rodinhas capazes de carregar compras. Além deles, a empresa ainda criou uma espécie cozinheiro automático - inteligente o suficiente para separar o lixo ao fim de seu trabalho. Entre outras atrações, a feira contava ainda com um robô capaz de recolher peças de dominó numa esteira móvel e depois ordená-las dentro de uma caixa em alta velocidade - algo que seria enlouquecedor para qualquer humano. Os dados são de
INFO.
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6. Repelente de tubarões (Batman)
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6/11 (Divulgação)
Quando pensamos em ficção científica, Batman não é o primeiro personagem a vir à cabeça. Mas até o cavaleiro das trevas já antecipou tendências em suas aventuras. Um exemplo é um improvável repelente de tubarões - usado pelo herói num filme de 1966. Em 2012, mais de 45 anos depois, a
BBC noticiava que a traquitana usada por Batman havia sido enfim desenvolvida por um químico americano. Numa viagem à Bermudas com a mulher em 2004, Eric Stroud ficou incomodado com as várias notícias de ataque de tubarões. De volta a Nova Jersey, o cientista começou a trabalhar em formas de combater o problema e descobriu que imãs repeliam os animais. A descoberta pode ajudar a preservar espécies de tubarão que estão em extinção e terminam sendo mortas por pescadores por acidente.
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7. Memória eterna (A Máquina do Tempo)
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7/11 (Shizhao/Wikimedia)
A "Máquina do Tempo" é um romance de ficção científica lançado em 1895. Ele foi escrito pelo senhor da foto ao lado, o escritor britânico de H.G.Wells. Em 2002, uma adaptação da história para o cinema incluiu na trama um holograma capaz de arquivar dados por até 800 mil anos. Parece até coisa de cinema, mas pasmem: não é. Há dois anos, a Hitachi anunciou um método de arquivamento de dados em quartzo resistente a altas temperaturas. Segundo a empresa, o suporte seria capaz de resistir a tudo (inclusive ao tempo) - conforme informou à época o site
Phys.org.
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8. Replicador (Jornada nas Estrelas)
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8/11 (Divulgação)
Milhares de nerds ao redor do mundo têm um carinho especial por "Jornada nas estrelas", série de TV lançada nos EUA em 1966. Entre outras máquinas futuristas, capitão Spock e companhia contavam com um replicador. Muita gente deve ter se lembrado dele quando viu uma impressora 3D pela primeira vez - inclusive o engenheiros da Nasa. Isso porque a agência espacial americana planeja enviar neste ano uma máquina do tipo para a Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês) - segundo o jornal inglês
The Telegraph. O objetivo é ter no local um aparelho que possa refazer peças danificadas da nave. Igualzinho acontecia na série de TV. É a vida imitando a arte.
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9. Celular com leitor de digitais (007)
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9/11 (Reprodução)
O espião britânico James Bond sempre foi sinônimo de vanguarda em termos de gadget no mundo do cinema. Em 1997, quando quase ninguém podia prever a popularização de celulares, ele já contava com um aparelho que escaneava impressões digitais. Quem duvida pode assistir "007 - O Amanhã nunca morre", filme da série lançado naquele ano. Hoje, 17 anos depois, há rumores de que o
iPhone 5S, próxima versão do smartphone topo de linha da Apple, possa contar com o recurso. Nada confirmado ainda. Porém, tudo já velho demais para 007.
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10. Teletransporte (A mosca)
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10/11 (Dreamstime.com)
O teletransporte é uma ficção presente em várias obras - como o filme A Mosca, de 1958. Quando se fala no assunto, sempre se pensa em transporte de pessoas. Entretanto, qualquer transmissão de matéria entre um ponto e o outro sem deslocamento no espaço é teletransporte – conforme informa o
MIT Technology Review. A definição consta em texto publicado na última semana pela publicação. Nele, o assunto é uma experiência bem-sucedida de teletransporte de dados realizada pela equipe do cientista suíço Felix Bussières, da Universidade de Genebra. O experimento de Bussières visa atender às demandas da próxima geração da internet, na qual a troca de informações não dependerá de fios e cabos como hoje.
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11. Agora, veja como o presente seria antigamente
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11/11 (Bilby / Wikimedia Commons)