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Rússia reduz acusações contra membros do Greenpeace

Rússia arquiva acusações de pirataria contra 30 pessoas envolvidas em um protesto do Greenpeace

Ativistas do Greenpeace (Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2013 às 06h58.

A Rússia arquivou nesta quarta-feira (23) as acusações de pirataria contra 30 pessoas envolvidas em um protesto do Greenpeace contra a exploração de petróleo no Ártico, substituindo-as por infrações menores e reduzindo a pena máxima para sete anos - antes, poderia chegar a 15 anos.

Em nota, o Comitê Investigativo Federal disse que a acusação de pirataria marítima foi substituída pela de vandalismo. O Greenpeace disse que isso ainda é "extremamente desproporcional" e prometeu contestar as acusações.

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Todos os 30 envolvidos estavam a bordo do navio Arctic Sunrise e foram detidas ao tentar escalar a plataforma Prirazlomnaya. Eles ficarão pelo menos até o fim de novembro em um uma penitenciária da região de Murmansk, no norte da Rússia.

Um representante do Greenpeace russo, Vladimir Chuprov, declarou em nota que a acusação de vandalismo "representa nada menos do que um ataque ao próprio princípio do protesto pacífico".

"Vamos contestar a acusação forjada de vandalismo tão veementemente quanto contestamos as acusações de pirataria. São ambas acusações fantasiosas que não têm relação com a realidade", disse ele.

O presidente russo, Vladimir Putin, havia dito que os ativistas claramente não eram piratas, mas que violaram o direito internacional.

O Comitê Investigativo rejeitou a alegação do Greenpeace de que o protesto era pacífico, pois "quem ocupa ilegal e premeditadamente ... uma plataforma estacionária está cometendo um crime, não importa qual seja a sua motivação".

O comitê disse que a investigação prossegue e reiterou que novas acusações graves podem ser imputadas a alguns ativistas, incluindo o uso da força contra representantes do Estado.

Os tribunais da cidade de Murmansk se negaram a estipular uma fiança para os envolvidos: 28 ativistas e dois jornalistas que documentavam os protestos.

Entre os detidos está a brasileira Ana Paula Maciel, e também cidadãos dos seguintes países: Argentina, Austrália, Canadá, Dinamarca, Estados Unidos, Finlândia, França, Grã-Bretanha, Holanda, Itália, Nova Zelândia, Suécia, Suíça, Polônia, Rússia, Turquia e Ucrânia.

O Greenpeace defende que as detenções e acusações têm o objetivo de desestimular protestos ambientais contra a exploração de petróleo no Ártico, região que Putin descreve como crucial para o futuro econômico e a segurança da Rússia.

Moscou alega que os ativistas violaram uma zona de segurança ao redor da Prirazlomnaya, primeira plataforma marítima russa no Ártico, que deve começar a produzir ainda em 2013, após vários anos de atraso.

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