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Robocop poderia patrulhar ruas de Miami

Protótipo desenhado por um grupo de pesquisadores de uma universidade de Miami estará disposto a patrulhar suas ruas da cidade


	Remake de Robocop: protótipo trata-se de um autômato que combina elementos de "telepresença e de robótica"
 (Reprodução)

Remake de Robocop: protótipo trata-se de um autômato que combina elementos de "telepresença e de robótica" (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2014 às 21h20.

Miami - Mede 1,83 de altura, os movimentos dos braços e das mãos lembram os de humanóides da ficção científica como "Robocop" e sua imagem impõe respeito à lei. Esse é o protótipo desenhado por um grupo de pesquisadores de uma universidade de Miami, disposto a patrulhar suas ruas.

O protótipo robótico, denominado "Telebot", foi apresentado nesta quarta-feira com sua chapa reluzente em Miami. Seus criadores, uma equipe de estudantes e cientistas da Universidade Internacional da Flórida (FIU) explicaram que "será de grande ajuda para a comunidade e para a polícia".

Trata-se de um autômato que combina elementos de "telepresença e de robótica desenhado, inicialmente, para ajudar os policiais com alguma incapacidade e veteranos de guerra" para completar as tarefas, explicou a Agência Efe Irvin Cárdenas, que faz parte do grupo de 12 estudantes que participam do desenvolvimento deste projeto.

Cárdenas, de 22 anos e estudante de Matemática e Ciências da Computação da FIU, está convencido que, talvez em um futuro próximo, este protótipo dirigido por controle remoto possa patrulhar pelas ruas de Miami.

Levado pelo entusiasmo, o estudante assegura que o autômato poderá em um futuro próximo "patrulhar, por exemplo, pela escola do FIU e o estacionamento" do centro acadêmico.

"O robô se seguirá implementando e acrescentaremos mais e mais funções. Temos certeza que trabalhará bem e poderá desenvolver várias tarefas", ressaltou Cárdenas, de origem peruana.

Por enquanto, ao contrário de sua versão para a tela grande, não se espera que este robô "cause prejuízo as pessoas ou as propriedades".

Funciona a partir de sinais e sensores neuromusculares, mecanismos de defesa e respostas refletes e "se desloca por si mesmo graças a alguns mecanismos que desenvolvemos", precisou.


No entanto, e apesar do desenvolvimento do protótipo estar ainda em sua primeira fase, após pouco mais de um ano de trabalho, já há empresas que mostraram interesse no modelo e nas funções que desenvolve.

"Há outros robôs no mundo que requerem anos e anos de desenvolvimento. Nós entregamos nosso tempo, algumas vezes quase 24 horas diárias, junto do professor (Jong-Hoon) Kim trabalhando no disco rígido e mecanismos para melhorá-lo", comentou.

O objetivo da equipe de pesquisadores da FIU é chegar a uma versão robótica que seja "economicamente acessível e duradoura, que a comunidade possa permitir".

"Este tipo de projeto exige muito trabalho, perícia no campo da tecnologia" e dinheiro, apontou Jong-Hoon Kim, diretor do Discovery Lab, o laboratório da FIU onde se desenvolveu este protótipo.

O cientista descreveu todos os desafios tecnológicos que superaram: "Tivemos que construir cada peça talhando e os estudantes estão muito motivados por sentir que fazem uma contribuição real", enfatizou.

Esta versão de "Robocop", que pesa 34 quilos e pode ser dirigido por controle remoto, se o desenvolvimento do protótipo seguir esse ritmo, pode "estar patrulhando antes do que parece pelas ruas da Flórida e "ajudar tanto a comunidade como os veteranos de guerra e a polícia" do estado. Essa é a meta", insistiu o jovem estudante.

O denominado "Telebot" começou como projeto em 2012, quando Jeremy Robins, tenente da reserva da Armada americano doou US$ 20 mil ao Discovery Lab para desenvolver a ideia de ajudar agentes no cumprimento de suas funções, assim como permitir o retorno ao serviço público de veteranos combatentes com alguma incapacidade.

"O que mais me impressiona neste protótipo é que a maior parte do trabalho foi realizada por estudantes ainda não graduados com um orçamento baixo", destacou Robins.

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