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Rival chinês da tecnologia GPS americana quer dominar o mundo

O sistema Beidou está em sua terceira etapa e fornece serviços de navegação e posicionamento em distintas regiões geográficas

(Pixabay/Reprodução)

Lucas Agrela

Publicado em 2 de janeiro de 2019 às 05h55.

Última atualização em 2 de janeiro de 2019 às 05h55.

A alternativa da China ao GPS , sistema que pertence aos EUA, ampliou sua cobertura para além da região da Ásia-Pacífico com o objetivo de se tornar uma tecnologia dominante no futuro, o que provocou ganhos em ações de empresas relacionadas.

O serviço, chamado Beidou, passou a estar disponível em algumas partes da Europa e da África dentro da iniciativa chinesa "Um Cinturão, Uma Rota", disse o porta-voz Ran Chengqi a jornalistas na quinta-feira em Pequim. A empresa, que utiliza uma série de satélites para fornecer a localização dos usuários com uma margem de erro de cerca de 10 metros, planeja lançar mais 12 satélites até 2020.

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"A partir de hoje, onde quer que você vá, o Beidou estará com você, em qualquer lugar, a qualquer momento", disse Ran.

Ações chinesas ligadas ao Beidou avançaram nesta sexta-feira. A China Spacesat, cujos produtos incluem equipamentos de navegação baseados na tecnologia do Beidou, chegou a subir 5,2 por cento nas negociações em Xangai. Beijing BDStar Navigation, Shanghai Huace Navigation Technology e Guangzhou Hi-Target Navigation Tech chegaram a avançar 10 por cento nas negociações em Shenzhen, mas os ganhos foram eliminados no final do dia.

A China começou a desenvolver seu próprio sistema de posicionamento e navegação por satélite na década de 1990 com o objetivo de depender menos do Sistema de Posicionamento Global (GPS, na sigla em inglês), desenvolvido pelos EUA. O sistema Beidou, cujo nome se refere à palavra chinesa que designa a constelação Ursa Maior, está agora em sua terceira etapa e é capaz de fornecer serviços de navegação e posicionamento em distintas regiões geográficas. O objetivo é ter cobertura mundial completa até o final desta década.

O Beidou, que fornece navegação e posicionamento para o exército e para a infraestrutura fundamental da China, está encontrando um uso crescente em tudo, dos serviços de mapeamento aos carros e smartphones. A China lançou os satélites número 42 e 43 do Beidou em novembro.

A maioria dos chips de smartphones vendidos globalmente será compatível com o Beidou, o primeiro sistema de navegação a ter recursos integrados de telecomunicações, como mensagens de texto.

O Beidou está entre uma série de projetos ambiciosos que a segunda maior economia do planeta está empreendendo para melhorar sua competitividade no setor aeroespacial. No início deste mês, a China enviou uma sonda para o lado oculto da Lua, um lugar onde nenhuma sonda de nenhum outro país havia se aventurado. A China também está desenvolvendo aeronaves de passageiros civis que poderiam concorrer com modelos da Airbus e da Boeing, e suas startups privadas estão correndo para lançar foguetes e colocar satélites em órbita a um baixo custo para atender à demanda por voos espaciais comerciais.

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