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RIM tenta reverter desconfiança com BlackBerry 10

Ainda há muita desconfiança entre analistas de que a inventora do BlackBerry possa sobreviver no mercado de smartphones, que um dia liderou

BlackBerry 10: entre as melhorias de software estão o sistema “flow”, que permitirá usar várias aplicações ao mesmo tempo, e mudar de um app para outro facilmente (Research In Motion)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2013 às 14h12.

São Paulo - Após uma sequência de frustrantes adiamentos, a Research In Motion (RIM) apresenta, amanhã, nos Estados Unidos, seu novo sistema operacional e os novos aparelhos chamados de “BlackBerry 10”.

A expectativa em torno de uma reação da RIM com o BB10 fez as ações da companhia canadense praticamente dobrarem nos últimos dois meses, mas ainda há muita desconfiança entre analistas de que a inventora do BlackBerry possa sobreviver no mercado de smartphones, que um dia liderou.

Uma pesquisa da consultoria Venture apontou que, até o final de 2012, iPhones e Androids dominavam 94% do mercado de smartphones nos Estados Unidos, deixando míseros 6 pontos percentuais de market share para serem divididos entre RIM e Nokia/Microsoft, entre outros players.

Na quarta-feira (30), Thorsten Heins, CEO da RIM, exibirá dois novos aparelhos, um que terá apenas o teclado virtual e outro com opção de teclado físico QWERTY completo. Embora as especificações dos novos BB10 não sejam confirmadas, sabe-se que os aparelhos suportarão redes 4G LTE e terão memória, processamento, resolução e câmera compatíveis com os rivais iPhone e Galaxy S III.


Entre as melhorias de software estão o sistema “flow”, que permitirá usar várias aplicações ao mesmo tempo, e mudar de um app para outro facilmente. A RIM estreará ainda o sistema “balance”, que permitirá aos usuários manter uma configuração do aparelho quando estão no trabalho e outra para usá-lo fora do escritório, valorizando aplicações sociais e de fotos. Este recurso é visto pela RIM como uma importante novidade, uma vez que seus smartphones são adotados sobretudo como ferramentas corporativas.

O novo sistema promete, ainda, solucionar as críticas de que seu teclado virtual não funcionava corretamente, induzindo os usuários a cometer erros de digitação.

Além disso, Thorten Heins deve anunciar acordos para ampliar o número de apps disponíveis em sua loja de aplicações, a BlackBerry World, que conta hoje com 70 mil apps. Para efeito de comparação, a App Store, da Apple, possui mais de 700 mil aplicativos cadastrados.

É consenso entre os analistas de mercado que a RIM precisa impressionar o mercado com seu BlackBerry 10 para ter chances de continuar relevante no mercado móvel. No passado, a Palm conseguiu impressionar analistas ao apresentar o Palm Pre, elogiado smartphone que, entre outras características, exibia um eficiente sistema de multitarefas em seu sistema operacional Web OS, numa época em que o multitasking era falho no iOS. Mesmo assim, a Palm não teve sucesso e acabou engolida pela HP, que a comprou.

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São Paulo - Após uma sequência de frustrantes adiamentos, a Research In Motion (RIM) apresenta, amanhã, nos Estados Unidos, seu novo sistema operacional e os novos aparelhos chamados de “BlackBerry 10”.

A expectativa em torno de uma reação da RIM com o BB10 fez as ações da companhia canadense praticamente dobrarem nos últimos dois meses, mas ainda há muita desconfiança entre analistas de que a inventora do BlackBerry possa sobreviver no mercado de smartphones, que um dia liderou.

Uma pesquisa da consultoria Venture apontou que, até o final de 2012, iPhones e Androids dominavam 94% do mercado de smartphones nos Estados Unidos, deixando míseros 6 pontos percentuais de market share para serem divididos entre RIM e Nokia/Microsoft, entre outros players.

Na quarta-feira (30), Thorsten Heins, CEO da RIM, exibirá dois novos aparelhos, um que terá apenas o teclado virtual e outro com opção de teclado físico QWERTY completo. Embora as especificações dos novos BB10 não sejam confirmadas, sabe-se que os aparelhos suportarão redes 4G LTE e terão memória, processamento, resolução e câmera compatíveis com os rivais iPhone e Galaxy S III.


Entre as melhorias de software estão o sistema “flow”, que permitirá usar várias aplicações ao mesmo tempo, e mudar de um app para outro facilmente. A RIM estreará ainda o sistema “balance”, que permitirá aos usuários manter uma configuração do aparelho quando estão no trabalho e outra para usá-lo fora do escritório, valorizando aplicações sociais e de fotos. Este recurso é visto pela RIM como uma importante novidade, uma vez que seus smartphones são adotados sobretudo como ferramentas corporativas.

O novo sistema promete, ainda, solucionar as críticas de que seu teclado virtual não funcionava corretamente, induzindo os usuários a cometer erros de digitação.

Além disso, Thorten Heins deve anunciar acordos para ampliar o número de apps disponíveis em sua loja de aplicações, a BlackBerry World, que conta hoje com 70 mil apps. Para efeito de comparação, a App Store, da Apple, possui mais de 700 mil aplicativos cadastrados.

É consenso entre os analistas de mercado que a RIM precisa impressionar o mercado com seu BlackBerry 10 para ter chances de continuar relevante no mercado móvel. No passado, a Palm conseguiu impressionar analistas ao apresentar o Palm Pre, elogiado smartphone que, entre outras características, exibia um eficiente sistema de multitarefas em seu sistema operacional Web OS, numa época em que o multitasking era falho no iOS. Mesmo assim, a Palm não teve sucesso e acabou engolida pela HP, que a comprou.

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