Da Redação
Publicado em 12 de novembro de 2013 às 20h01.
Avaliação Redação INFO / Muitas pessoas anseiam por um relógio de pulso inteligente. Tanto que quase 69 mil delas contribuíram pelo site de financiamento coletivo Kickstarter com mais de 10 milhões de dólares para a produção do Pebble.
Ligado por Bluetooth, ele funciona como uma extensão do smartphone, vibrando e exibindo em sua tela monocromática alertas sobre ligações, SMS, e-mails e posts em redes sociais, e informações de aplicativos compatíveis.
Só que, por enquanto, apps para o Pebble realmente úteis são raros. No INFOlab, os melhores foram o de controle remoto para a câmera do smartphone e os que exibem informações sobre atividades físicas. Ou seja, nada realmente novo.
Avaliação Lucas Agrela / O Pebble certamente foi o relógio que mais chamou a atenção dos internautas nos últimos tempos. Responsável por um dos recordes de arrecadação do site Kickstarter, o aparelho oferece uma expericiência de uso interessante, trazendo o universo dos aplicativos para o punho.
Você pode visualizar notificações do seu smartphone Android ou iPhone no relógio. Ou seja, você pode ver quase tudo sem tirar o celular do bolso: e-mails, mensagens do Hangouts, Google Voice, Facebook e WhatsApp. Ele é compatível com dispositivos Android a partir do 2.3 e iPhone a partir do iOS 4.
Contudo, é preciso autorizar a instalação de aplicativos terceiros no relógio, no menu configurações. Isso expande muito as possibilidades de uso do Pebble, que caso contrário ficaria restrito a apenas alguns recursos, como a calculadora.
A configuração do aparelho, infelizmente, é algo que deixa muito desejar. A memória interna muito fraca (quantidade de MB não revelado pela empresa) impede a instalação de diversos aplicatvios ao mesmo tempo. O processador STMicroelectronics ARM Cortex M3 120 MHz tem um desempenho que apenas mantém o produto funcionando, não foi feito para aguentar um uso intenso.
A bateria foi o grande destaque do Pebble, registrando a maior autonomia entre os produtos da mesma categoria que já passaram pelo INFOlab. Ele aguenta três dias de uso intenso, enquanto os concorrentes não chegam nem a um terço disso. Contudo, ele tem um defeito grave nesse quesito. A bateria é fixa, portanto, limitando a vida útil do aparelho.
A duração de bateria em uso intenso foi aferida com uma watchface com uma animação a cada minuto, com Bluetooth e luz de fundo ligados.
http://videos.abril.com.br/info/id/59d80f7340e6ba4b09a14d397415d7bc
Apesar de ser um pouco curva, a tela de 1,26 polegada (144 por 168 pixels) não oferece uma boa resolução. Entretanto, por ter tecnologia e-paper retroiluminado, a visibilidade é boa mesmo à noite ou sob a luz do sol. Mas é como olhar para uma calculadora antiga: a definição é muito ruim.
A tela também peca pela falta de sensibilidade ao toque, prejudicando tanto o design como a usabilidade. Ele tem quatro botões: voltar, avançar, play/pause e menu. Não é difícil pressioná-los ao mover o braço. Por outro lado, ela tem proteção nativa contra arranhões.
Quanto ao design, ele tem uma aparência predominantemente masculina. No entanto, ele é bastante versátil, já que qualquer pulseira de 22 mm pode ser usada no aparelho.
O Pebble não é grande demais, mas não passa despercebido, chega a chamar um pouco de atenção. São vendidos aparelhos com cinco opções de cores: preto, vermelho, laranja, cinza e branco. A puseira de borracha é resistente
Totalmente lacrado, o Pebble é à prova d'água e suporta até 5 atm. Ou seja, você pode nadar com ele em uma piscina, mas ele não é indicado para mergulhos no mar ou em grande profundidade.
O Pebble ainda não foi lançado oficialmente no Brasil, mas ele já é vendido em sites de leilão nacionais com um valor médio de 599 reais. Nos Estados Unidos, o preço dele é 150 dólares (cerca de 350 reais, sem impostos ou taxa de importação).
Os aplicativos disponíveis para o Pebble têm funções variadas. Há apps para esportistas, como o Runkeeper e o Pebble Bike, que medem a distância da corrida ou da pedalada, o 7 Minute Workout, que oferece uma série de exercícios exibidos no seu punho, bem como aplicações voltadas para a produtividade. O Notepad, que permite ler textos em .txt no aparelho, e o Prompter, que transforma o relógio em um teleprompter. Um dos mais curiosos é o Watch Trigger for Pebble, que funciona como um controle remoto para a câmera do seu smartphone. Ele tem um timer de 5, 10, 15 e 20 segundos antes de capturar a foto.
Entretanto, é possível instalar apenas cerca de dez apps, devido à memória limitada do Pebble.
Vale ressaltar que para instalar esses aplicativos adicionais é preciso ter o gerenciador, o app oficial do Pebble. A extensão dos arquivos é .pbw. No Android, o smartphone envia um comando para redirecionar o download do aplicativo no relógio. A aplicação assume o controle de algumas coisas no aparelho. Ele ativa o Bluetooth e pede conexão a todo momento. Baixe o gerenciador para Android e iOS. Configurar o app no iPhone é um pouco trabalhoso.
Existe também um site para criar sua própria "Watchface", um papel de parede personalizado para o seu Pebble. O INFOlab criou um do Exterminador do Futuro, que pode ser baixado (ou visto) aqui.
No geral, o Pebble é um bom relógio inteligente, especialmente para entusiastas, mas sua configuração ainda é muito fraca e perde para concorrentes como o Galaxy Gear, da Samsung, e para o Smartwatch 2, da Sony.
Tela: | 1,26 polegada (144 por 168) |
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Processador: | STMicroelectronics ARM Cortex M3 120 MHz |
Armazenamento: | 32 MB |
Conexões: | Bluetooth v2.1 e 4.0 LE |
Peso: | 36 g |
Prós | Ótima duração de bateria |
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Contras | Configuração muito limitada |
Conclusão | Relógio interessante, mas a configuração limita a versatilidade |
Configuração | 6,0 |
Usabilidade | 8,0 |
Bateria | 8,0 |
Design | 8,0 |
Média | 7.4 |
Preço | R$ 599 |