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Governo dos EUA quer regulamentar o uso comercial de drones

Novas regras propostas pela Administração Federal de Aviação do país podem prejudicar novo programa da Amazon para entregar entregas com drones

Drone (Getty Images/Getty Images)

Drone (Getty Images/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2015 às 14h56.

Parece que a Amazon ainda não conseguirá realizar entregas de encomendas com drones num futuro próximo. Isso porque neste domingo (15) a Administração Federal de Aviação (FAA)  divulgou uma proposta com um conjunto de regras para o uso do aeromodelo em território norte-americano.

De acordo com a nova regulamentação proposta, os drones usados comercialmente poderão voar apenas durante o dia – quando podem ser vistos do solo pelos pilotos da FAA – em altitude de até 150 metros e velocidade máxima de 160 km/h.

Além disso, os pilotos de drones devem ter no mínimo 17 anos e precisam passar por um teste de “conhecimentos em aeronáutica” para obter um certificado. Os operadores do equipamento precisarão passar por uma nova prova a cada dois anos.

As regras também estipulam que os drones devem circular fora da área de aeroportos e espaços aéreos restritos. Os pilotos deverão suspender o voo do equipamento caso ele esteja ameaçando outras aeronaves.

As regras propostas estão abertas para a manifestação pública por 60 dias e, segundo especialistas, elas devem ser tornar lei dentro de pelo menos um ano.

As novas regras não são uma boa notícia para a Amazon, que pretendia iniciar o programa “Prime Air”, o qual ofereceria serviço de entrega com o aeromodelo em até meia hora na casa dos consumidores.

Segundo o vice-presidente de políticas públicas globais da Amazon, Paul Misener, em entrevista para o Business Insider, mesmo que demore mais de um ano para a regra se tornar lei, ela não permitiria que o serviço operasse nos Estados Unidos.

O CEO da Amazon, Jeff Bezos, já havia previsto esse problema. Em uma conferência do Business Insider ele chegou a dizer que o maior obstáculo para lançar o “Prime Air” seria a regulamentação, algo que poderia fazer com que os EUA ficassem atrasados no uso comercial de drones em relação a outros países.

Ainda de acordo com o site, a Amazon teria enviado uma carta à FAA alertando que a companhia não teria outra escolha a não ser levar sua pesquisa sobre drones para fora do país se ela não pudesse realizar testes pelo território norte-americano.

Atualmente, a companhia realiza testes no Reino Unido devido às restrições impostas pelos EUA para uso de drones ao ar livre.

Os drones são uma tecnologia emergente e ainda não possuem regulamentação firme, já que são usados tanto por pessoas comuns quanto por empresas ou órgãos do governo.

Em outra ocasião, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama emitiu um memorando para esclarecer sobre o uso de drones por agências federais. Seu objetivo era acalmar os temores dos cidadãos quanto à privacidade e liberdade civil no uso do equipamento para coleta de informações.

Nem a declaração do presidente e nem as mudanças propostas pela FAA mudam as regras atuais para o uso do modelo de aeronave. 

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