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Redes sociais ajudam moradores do Complexo do Alemão

Um grupo de voluntários está atuando para ajudar os moradores do Complexo do Alemão em dificuldades causadas pelas chuvas na capital fluminense

Complexo do Alemão (Agência Brasil / Foto repórter Cristina Índio)

Complexo do Alemão (Agência Brasil / Foto repórter Cristina Índio)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 07h29.

Um grupo de voluntários está atuando para ajudar os moradores do Complexo do Alemão em dificuldades causadas pelas chuvas que desde ontem à noite atingem a capital fluminense. O coordenador-geral do Instituto Raízes em Movimento, Alan Brun Pinheiro, disse que todas as comunicações estão sendo feitas por meio das redes sociais.

A sede do instituto fica na Avenida Central, uma das principais entradas para a comunidade. Segundo Pinheiro, além do Raízes, organizações como o Coletivo Pense Alemão, Ocupa Alemão, a Voz da Comunidade, o Verdejar e Realidade do Alemão reproduzem informações de moradores e dão orientações a quem precisa.

“O nosso trabalho está sendo prioritário para disseminar as informações e articular as questões das áreas mais vulneráveis do Alemão”, declarou.

O coordenador informou que a articulação tem feito um serviço importante dentro da comunidade. É por meio das comunicações que os moradores podem ficar atentos à localização dos pontos de abrigo, para onde devem se dirigir quando há o toque do sistema de sirenes.

Ele declarou que, em um primeiro momento, as mensagens apontavam um certo desacerto entre o toque das sirenes e a preparação dos pontos de abrigo. “No começo alguns diziam que a sirene não tocou. Depois que a sirene tocou, mas os pontos de abrigo não estavam preparados. Agora dizem que o sistema está em funcionamento normal”, destacou.

Embora acredite que o sistema de sirenes é importante para as comunidades que vivem em áreas de risco, o coordenador criticou o uso do esquema de forma contínua. “Quando se coloca o sistema de sirenes como política permanente, se assume o fracasso de política pública de habitação e ocupação do solo. Você não tem uma política pública que acabe com os problemas das encostas, das áreas de risco e não resolve o problema habitacional das comunidades”, analisou. 

O estudante Luciano Daniel, de 14 anos, criou o jornal Realidade do Alemão, publicado no Facebook. Como morador do Morro do Alemão, ele disse que as trocas de informações nas redes sociais ajudam também a organizar as doações e a levantar as necessidades. Daniel destacou que o chat formado pelos participantes publicou a lista dos locais de abrigo para casos de emergência. “A lista está no chat, quem precisar é só procurar", alertou. 

Os locais de abrigo no Complexo do Alemão são: a Associação de Moradores do Morro do Adeus, Igreja Batista Filha do Sião, Capela São Joaquim Santana, Vila Olímpica, Central Única de Favelas e a Associação de Moradores da Avenida Central. 

Por causa da chuva a visita da relatora da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Direito à Água e ao Saneamento, Catarina de Albuquerque, que estava marcada para a tarde de hoje (11), foi transferida para amanhã (12), às 9h30. Ela vai percorrer a comunidade para verificar como está a situação dos moradores em relação a direitos básicos. A visita da relatora ao Brasil começou na segunda-feira (9), em Brasília, e vai terminar no dia 19 deste mês. Além de se reunir com representantes governamentais, ela terá encontros com integrantes da sociedade civil no Rio, em São Paulo, Fortaleza e Belém. 

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