E se existisse um RG global? O dono ChatGPT idealizou um plano, mas agora enfrenta dificuldades
Sam Altman, da OpenAI, oferece US$ 50 por dados biométricos de usuários para criar um tipo de registro universal; mas o governo do Quênia, e de outros países, aplicaram um bloqueio à iniciativa
Repórter
Publicado em 3 de agosto de 2023 às 14h13.
Última atualização em 3 de agosto de 2023 às 16h58.
A Worldcoin, uma startupque visa escanear a íris da população global para criar um sistema de autenticação único e por meio de uma blockchain e criptomoeda, está sob um novo escrutínio regulatório no Quênia.
O governo local proibiu a coleta de dados,e a Autoridade de Comunicações do país vai avaliar o projeto devido a questões sobre a segurançae armazenamento dos dados das íris escaneadas, e dúvidas em relação à criptomoeda oferecida aos cadastrados.
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O Quênia não é a única nação preocupada com a Worldcoin. França, Alemanha, Hong Kong, Bangalore (Índia) e Reino Unido estão avaliando se o projeto viola leis de privacidade.
De acordo com reportagens do site Rest of World e do jornal queniano "The Standard", o projeto criado por Sam Altman, o fundador da OpenAI, do ChatGPT, atraiu interesse no Quênia ao oferecer 25 Worldcoins (cerca de US$ 50 ou R$ 240) por pessoa para escanear a íris. Muitos participantes foram atraídos pelo pagamento e não estavam cientes dos objetivos do projeto.
O plano da Worldcoin
A iniciativa foi anunciada em junho de 2021, prometendo pagamento em uma criptomoeda própria por meio de um equipamento específico, chamado Orb.
O aplicativo World foi lançado em mais de 80 países em maio de 2023, incluindo o Brasil, e funciona como carteira de criptomoedas e passaporte para login sem senhas, através da World ID.
Durante o período beta, mais de 2 milhões de pessoas registraram seus dados biométricos.
No entanto, uma reportagem da "MIT Technology Review" indica que muitos não receberam o dinheiro prometido, aumentando as preocupações em relação ao projeto.