Tecnologia

Projeto Shield do Google promete proteger sites de ataques DDoS

Serviço misturará tecnologias de mitigação de DDoS do Google com o PageSpeed, serviço da companhia que funciona como uma 'rede de cache'

mapaataquesgoogle (Reprodução)

mapaataquesgoogle (Reprodução)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2013 às 12h03.

Em um evento especial realizado em Nova York nesta semana, o Google anunciou um novo conjunto de ferramentas destinado a ativistas e organizações não governamentais. Chamado de “Project Shield”, o serviço deve ajudar grupos a protegerem os próprios sites da censura de governos repressores – que podem derrubar páginas facilmente por meio de ataques DDoS.

Por ora em fase de testes, o projeto poderá ser utilizado por endereços que publicam notícias de forma independente, que cobrem eleições ou que dão informações relacionadas aos direitos humanos. O Shield deve resolver um dos grandes problemas enfrentados por organizações do gênero, já que os sites independentes suportam pouca variação de tráfego. Por isso, são extremamente vulneráveis a DDoS – uma tática barata e eficaz de derrubar uma página que está expondo opiniões contrários à de um regime.

Como funciona? – O Projeto Shield combina as tecnologias de mitigação de DDoS do Google com o PageSpeed, serviço da companhia voltado para acelerar o carregamento de páginas (basicamente uma “rede de cache”. Dessa forma, os donos dos websites podem disponibilizar o conteúdo através da infraestrutura do Google, deixando-o mais protegido – mas, claro, não invulnerável a ataques.

//www.youtube.com/embed/wmTvv8ISwPA

A tática é bem similar à utilizada por empresas de segurança, como a Cloudflare, que protegem as páginas hospedadas em uma infraestrutura própria e mais sólida, dispondo de filtros de tráfego especializados. Eles são responsáveis por um “balanceamento de carga”, direcionando os acessos aos servidores mais rápidos no momento. Em casos de muitas solicitações simultâneas e repetidas – um ataque DDoS, por exemplo –, são enviados dados da rede de cache (no caso do Google, o PageSpeed) aos computadores de onde vêm os pedidos, de forma a manter a página em pé.

Outros anúncios – Além do recurso de segurança, o Google ainda revelou no evento um mapa dos ataques digitais na web e uma ferramenta chamada uProxy. Desenvolvida pela Universidade de Washington e pela Brave New Software, em parceria com o Google Ideas, o add-on pode ser instalado no navegador, permitindo que “você e pessoas de sua confiança” criem uma rota segura para a internet.

//www.youtube.com/embed/ZJ6BuHL0EiQ

Explicando de outra forma, é possível criar uma conexão privada – quase uma “rede Tor” – usando uma conexão de internet de fora do país. Ao The Verge, a chefe do projeto no Google Ideas Yasmine Green explicou que a ideia é bem-vinda em países como o Irã, onde a diminuição da velocidade das conexões é comum e o próprio Tor já sofreu quedas.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaGoogleGovernoHackersINFOseguranca-digitalTecnologia da informação

Mais de Tecnologia

Samsung Galaxy A55: vale a pena na Black Friday?

iPhone 11: Ainda vale a pena na Black Friday?

Moto G84 5G: Quando vale a pena pagar na Black Friday?

Oppenheimer e suas reflexões: as 20 frases mais marcantes do "pai da bomba atômica"