Procon do Rio de Janeiro tem esquema especial para evitar maquiagem de preços na Black Friday
Conforme Edu Neves, diretor executivo do Reclame Aqui, o número de queixas para este ano deve ser semelhante ao do ano passado
Da Redação
Publicado em 28 de novembro de 2014 às 11h46.
A quinta edição da Black Friday no Brasil, que promete grandes descontos em compras no comércio, principalmente pela internet, recebeu numerosas reclamações de consumidores sobre maquiagem de preços. A informação é do site Reclame Aqui, que atua como canal de comunicação entre empresas e consumidores brasileiros. Para evitar a prática, o Sistema de Proteção e Defesa do Consumidor do Rio de Janeiro (Procon-RJ) preparou esquema especial para o evento, que ocorre durante todo o dia de hoje (28).
Conforme Edu Neves, diretor executivo do Reclame Aqui, o número de queixas para este ano deve ser semelhante ao do ano passado. Segundo ele, a diferença é que o usuário está mais vigilante. "Recebemos aproximadamente 8,5 mil reclamações na edição passada. Até agora, pelo movimentação, acreditamos que este ano registraremos algo próximo disso. Notamos um fenômeno interessante em 2014. As pessoas estão se precavendo mais, pois a pesquisa antes da compra é quase o triplo da Black Friday do ano passado. Ontem (27), registramos o maior volume de visitas do site, que aproxima-se de 1 milhão", informou.
Diretor do Procon-RJ, Marco Antônio da Silva informou que, para evitar prejuízos ao consumidor, o órgão monitora desde outubro as principais lojas que participam da Black Friday. "Fizemos uma pesquisa longa sobre valores de mercadorias. O objetivo era saber se os lojistas aumentariam os preços antes e, mesmo com os descontos, cobrariam praticamente a mesma coisa de meses atrás", assinalou.
O Procon-RJ disponibilizou três equipes, com três agentes cada. Durante todo dia, elas circulam pelos principais shoppings e lojas da cidade, apurando irregularidades. Além disso, conta com mais uma equipe de plantão na sede do órgão, recebendo denúncias da população.
Marco Antônio recomenda aos usuários que, nas compras pela internet, procurem o selo Black Friday Legal, da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico. "O selo significa que a loja assinou compromisso de ética para a data", explicou.
O diretor também orienta os consumidores que se sentirem lesados ou identificarem falsas promoções a denunciar ou tirar dúvidas por meio do Disque Procon-RJ (151), Procon Online ( www.procononline.rj.gov.br ), aplicativo acessível por smartphones ou tablets ( www.meuprocon.rj.gov.br ) ou procurando um de postos de atendimento da autarquia.
Editor Armando Cardoso