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Positivo lança notebooks a menos de mil reais

Empresa tenta alcançar consumidores de classes A e B com os primeiros ultraportáteis fabricados no Brasil

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h24.

A Positivo Informática, líder em venda de computadores no país, lançou nesta quarta-feira (07/05) a primeira linha de notebooks ultraportáteis brasileiros do mercado.

Com tela LCD de sete polegadas e tamanho menor do que o de um caderno universitário, o Positivo Mobo deve chegar às lojas em 23 de maio, ao preço de 999 reais, o mais baixo entre os laptops ultraportáteis à venda no Brasil. Como termo de comparação, o notebook mais em conta disponível no site Submarino, por exemplo, um CCE com tela de 14,1 polegadas, sai por 1199 reais.

O outro modelo da linha lançada pela Positivo, o Mobo Kids, estará nas prateleiras dos varejistas a partir de junho e, por ser destinado a crianças, trará adaptações como teclado que impede a entrada de líquidos na máquina e visual mais colorido. A configuração, no entanto, será semelhante à do Mobo e o preço ficará na mesma cifra de 999 reais.

Parte das peças que vão compor as máquinas virá da China, mas os computadores serão montados na fábrica da companhia, em Curitiba. Ambos os modelos contarão com discador Positivo, que permite acesso gratuito à internet, e pacote Open Office, com programas como editor de texto e planilha já instalados.

Segundo o presidente da Positivo Informática, Hélio Rotenberg, as pesquisas realizadas pela empresa antes do lançamento apontam que os produtos devem atrair principalmente consumidores das classes A e B, com destaque para aqueles que já possuem um laptop ou coputador de mesa, mas desejam ter um segundo exemplar em casa. Um caso típico, para ele, é o dos pais que desejam dar aos filhos um computador próprio para as pesquisas escolares e os programas de comunicação mais usados, como e-mail, MSN e Orkut.

Classe C segue na mira

Para Rotenberg, a tentativa de ganhar espaço entre os consumidores de maior poder aquisitivo não representa, porém, uma mudança no foco da Positivo, que tem nas famílias de classe C 59% de seus consumidores, mas uma ampliação do potencial de vendas. "Estamos dispostos a conquistar cada fração do mercado", afirma.

O presidente da Positivo diz não ter estimativas claras de vendas dos notebooks, por se tratar de produtos sem similares, inclusive em outros países, mas garante que a empresa já importou placas e processadores "em quantidade", como referência à expectativa de um forte desempenho de vendas.

Ele ressalta, ainda, que a entrada no segmento de ultraportáteis não altera estratégias já definidas, como a aposta no Classmate PC, computador portátil com o qual a Positivo chegou a vencer uma licitação do governo federal, em dezembro de 2007, para compra de 150 mil máquinas a serem usadas em escolas públicas. O cancelamento da disputa por parte do próprio governo, dois meses depois, trouxe especulações de que a fabricante abandonaria o investimento no Classmate, mas segundo Rotenberg, a expectativa da empresa é vencer novamente a licitação.

Outro sinal de que a venda de computadores de mesa para a classe C segue na mira da empresa seria a inauguração de novas fábricas em Manaus e Ilhéus (BA), até o fim do primeiro semestre de 2008. A instalação em pólos tecnológicos do Norte e do Nordeste brasileiros seria uma forma de se aproximar das regiões onde o consumo popular é proporcionalmente mais forte, além de reduzir custos de logística.

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