Tecnologia

Por que o próximo iPhone pode ser o mais caro da história

O novo iPhone deve ser o mais caro da história. Mas essa é uma equação mais complexa do que a sede de dinheiro da Apple

iPhone 8: o vazamento sugere que a tela do smartphone seja OLED (Twitter/Benjamin Geskin/Reprodução)

iPhone 8: o vazamento sugere que a tela do smartphone seja OLED (Twitter/Benjamin Geskin/Reprodução)

Victor Caputo

Victor Caputo

Publicado em 21 de julho de 2017 às 05h55.

Última atualização em 21 de julho de 2017 às 05h55.

São Paulo – Em meio aos muitos boatos sobre a nova geração de iPhones, um assusta: o novo iPhone pode ser o mais caro da história.

A expectativa é que neste ano a Apple traga três novos modelos do iPhone. Dois seriam já esperados, o iPhone 7s e o iPhone 7S, sem mudanças de design em relação ao modelo lançado no ano passado e com novidades tecnológicas mais tímidas.

A principal novidade seria um iPhone topo de linha com design renovado. Os rumores apontam para um display OLED ocupando quase que toda a porção frontal do aparelho, um sensor de reconhecimento facial e tecnologia para carregadores sem fio. Ah, espere também um preço mais alto.

Lançar um novo iPhone significa ter demando por milhões de peças disponíveis para montar os smartphones. “A Apple não pode inserir nenhuma tecnologia ou peça que não possa ser fabricada mais de 200 milhões de vezes por ano”, lembra a Macworld em um texto—200 milhões é a média de iPhones vendidos anualmente.

Esse número é mais alto do que a concorrência. O Google vendeu um milhão de seu Pixel. Um site coreano teve acesso a um relatório que previa a venda de 50 milhões a 60 milhões de unidades do Samsung Galaxy S8. São números bem mais baixos do que aqueles sobre os quais a Apple se debruça para trabalhar. Pensar em um novo iPhone é algo mais complexo do que se parece.

A análise da cadeia de produção aponta que seria impossível produzir a quantidade que a Apple precisa de telas OLED—que serão fabricadas pela Samsung. Com isso, faz sentido prever uma nova versão do iPhone: com tecnologia mais avançada em complemento aos aparelhos tradicionais da linha.

Com isso, entra em jogo um conceito simples de economia. A procura pelo iPhone especial seria mais alta por parte dos consumidores, mas a quantidade de produção é inferior aos modelos tradicionais. O impacto seria uma alta no preço desse modelo.

A previsão de John Gruber, do blog Daring Fireball, é que o novo iPhone custe a partir de 1.200 dólares— caso as políticas de preço sejam mantidas, o iPhone 7s mais barato deve custar 649 dólares e o iPhone 7s Plus mais barato deve sair por 769 dólares.

Caso a estratégia funcione, a Apple estaria criando uma nova categoria: o iPhone “Pro”. O nome, inclusive, faria sentido dentro das linhas da empresa—que conta com o iPad Pro, MacBook Pro e Mac Pro.

O novo iPhone deve ser anunciado em setembro. As vendas devem começar no mesmo mês. Neste ano, o produto completou dez anos de vida. Veja nosso especial sobre o assunto.

Acompanhe tudo sobre:AppleiPhoneSmartphones

Mais de Tecnologia

Como o Google Maps ajudou a solucionar um crime

China avança em logística com o AR-500, helicóptero não tripulado

Apple promete investimento de US$ 1 bilhão para colocar fim à crise com Indonésia

Amazon é multada em quase R$ 1 mi por condições inseguras de trabalho nos EUA