Da Redação
Publicado em 10 de maio de 2012 às 16h59.
Se a qualidade de áudio não é melhor, o motivo está, em parte, no revestimento acolchoado que elogiamos acima. As almofadas são confortáveis, mas abafam um pouco o som. A despeito dessa limitação, ouvir música no CitiScape é uma experiência muito agradável, perfeitamente compatível com o preço do fone. Se quisermos ser mais críticos, podemos apontar que falta definição aos sons graves. Músicas nas quais o grave é mais pesado, como em boa parte dos rocks e em alguns tipos de rap, são ligeiramente prejudicados por essa peculiaridade. Não que falte potência aos sons de baixa frequência do CitiScape: o driver de 40 mm garante graves intensos, mas não atinge o nível ótimo de detalhamento. Do outro lado do espectro, os agudos se mostram especialmente estáveis, mesmo quando o volume está no máximo. De qualquer modo, os tons do fone são bem balanceados no geral, o que impede que um instrumento obscureça os outros.
Não é impossível estourar os próprios tímpanos com o CitiScape, mas esse tipo de diversão masoquista deve ser um processo mais lento porque esse fone não alcança um volume muito alto. Também não podemos dizer que o CitiScape é um dos melhores instrumentos para se isolar do mundo. Os materiais utilizados no revestimento e a concha que não cobre toda a orelha impõem poucas barreiras ao som ambiente. Na prática, não é preciso deixar o volume perto do máximo para expulsar tudo o que não é música dos ouvidos, mas o nível de isolamento não supera a média.
Enquanto um número considerável de fones avançados prefere fios removíveis, às vezes adotando até uma entrada P2 para cada concha, o CitiScape optou por um cabo flat fixo na concha esquerda. Uma vantagem do cabo flat é que ele não enrola tão facilmente quanto o helicoidal (como o cabo de telefone). A desvantagem é a fragilidade do fio. Além dessa questão, o cabo do CitiScape é um pouco curto: ele se estende por apenas 1,22 m.
A conexão P2 padrão tem três contatos, duas para o áudio estéreo e uma para atender chamadas quando o fone está conectado a um telefone. A conexão do fio em si segue o padrão dos aparelhos móveis da Apple, que serve também para vários celulares Android, como o Galaxy S II. Mas a Philips não se esqueceu do outros aparelhos e incluiu um adaptador. O microfone inline do CitiScape nos impressionou pela boa qualidade da captação. Durante as chamadas de teste que realizamos, a voz de quem estava usando o fone saía clara do outro lado da linha. Só sentimos falta de um controle de volume no próprio fone.
O visual do CitiScape é simples e elegante, como um objeto saído de um filme de Woody Allen. Quando consideramos o projeto do ponto de vista da funcionalidade, a patê do fone que mais se sobressai é a haste que liga as duas conchas, tensionada de tal forma que ela se prende bem à cabeça sem incomodar o usuário. A leveza do conjunto (174 g) também agrada muito. Ironicamente, o CitiScape pode não ser o melhor companheiro para um passeio pela cidade. Não é possível dobrar as conchas e a haste, o que deve dificultar a vida dos mochileiros.
Formato | concha |
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Tipo | Headset |
Conexões | P2 |
Cabo | 1,22 m |
Sensibilidade | 102 dB |
Resposta de frequência | 18 22.000 Hz |
Peso | 174 g |
Prós | Boa qualidade de som; design bonito e leve; headset para atender chamadas; |
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Contras | Não tem botões de volume e pausa; |
Conclusão | Além de agradar os ouvidos, o CitiScape é um dos fones mais confortáveis que já passaram pelo INFOlab; |
Áudio | 7,8 |
Redução de ruído e isolamento | 7,6 |
Conexão | 7,5 |
Design | 8,3 |
Média | 7.7 |
Preço | R$ 259 |