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Pessoas doam menos quando curtem causas sociais no Facebook

Segundo pesquisa britânica, rede social diminui a propensão de possíveis doadores a tomar atitudes efetivas de caridade

Ao mostrar publicamente seu apoio a uma causa social, pessoas costumam perder o senso de urgência de ajudar efetivamente  (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2013 às 16h38.

São Paulo – O Facebook é um terreno fértil para o compartilhamento e o engajamento a causas sociais, mas, de acordo com pesquisa realizada na Inglaterra, isso pode até atrapalhar. O estudo, feito na University of British Columbia, indica que possíveis doadores deixam de fazer caridade quando podem apoiar as iniciativas na rede social e clicam no botão “curtir” relativo ao tema.

Usando o termo “slacktivist” (algo como “ativista negligente”), os pesquisadores alertaram sobre o fenômeno que as redes sociais têm gerado em que, em vez de facilitarem o engajamento das pessoas, essas plataformas permitem que as pessoas demonstrem seu apoio publicamente, sem fazer algo efetivo para melhorar a situação.

Para chegar a essa conclusão, os estudiosos convidaram indivíduos a participar de uma série de experimentos. Primeiramente, sugeriram aos participantes dar suporte gratuito a uma causa, por meio de grupo no Facebook, aceitando um broche ou assinando uma petição. Depois, as pessoas foram convidadas a doar dinheiro ou ser voluntárias.

Ao comparar as reações, os cientistas perceberam que quanto maior o apoio público demonstrado pelos sujeitos menor é a chance de darem apoio efetivo à ação de caridade. Por outro lado, aqueles que tiveram apenas a opção de apoiar de forma “privada” a causa, como nos casos de assinatura de petições, se mostraram mais abertos a doar em momento posterior.

A razão para essa diferença, segundo os responsáveis pela pesquisa, está na satisfação do desejo de parecer bom para os outros, que redes como Facebook proporcionam. Ao conseguir mostrar que é “caridoso” por meio do engajamento na plataforma, o indivíduo não se sente na urgência de ajudar mais depois. Já no suporte “sigiloso”, a pessoa consegue, de acordo com o estudo, perceber o alinhamento entre seus valores e os da entidade, sem a interferência da possível aprovação alheia.

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São Paulo – O Facebook é um terreno fértil para o compartilhamento e o engajamento a causas sociais, mas, de acordo com pesquisa realizada na Inglaterra, isso pode até atrapalhar. O estudo, feito na University of British Columbia, indica que possíveis doadores deixam de fazer caridade quando podem apoiar as iniciativas na rede social e clicam no botão “curtir” relativo ao tema.

Usando o termo “slacktivist” (algo como “ativista negligente”), os pesquisadores alertaram sobre o fenômeno que as redes sociais têm gerado em que, em vez de facilitarem o engajamento das pessoas, essas plataformas permitem que as pessoas demonstrem seu apoio publicamente, sem fazer algo efetivo para melhorar a situação.

Para chegar a essa conclusão, os estudiosos convidaram indivíduos a participar de uma série de experimentos. Primeiramente, sugeriram aos participantes dar suporte gratuito a uma causa, por meio de grupo no Facebook, aceitando um broche ou assinando uma petição. Depois, as pessoas foram convidadas a doar dinheiro ou ser voluntárias.

Ao comparar as reações, os cientistas perceberam que quanto maior o apoio público demonstrado pelos sujeitos menor é a chance de darem apoio efetivo à ação de caridade. Por outro lado, aqueles que tiveram apenas a opção de apoiar de forma “privada” a causa, como nos casos de assinatura de petições, se mostraram mais abertos a doar em momento posterior.

A razão para essa diferença, segundo os responsáveis pela pesquisa, está na satisfação do desejo de parecer bom para os outros, que redes como Facebook proporcionam. Ao conseguir mostrar que é “caridoso” por meio do engajamento na plataforma, o indivíduo não se sente na urgência de ajudar mais depois. Já no suporte “sigiloso”, a pessoa consegue, de acordo com o estudo, perceber o alinhamento entre seus valores e os da entidade, sem a interferência da possível aprovação alheia.

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