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Pesquisadores projetam ruas inteligentes

Por meio de sensores instalados nos veículos e nas pistas, pesquisa interpreta as informações do trânsito em tempo real e auxiliar o motorista a tomar certas atitudes

Avenida Paulista, em São Paulo: carros automáticos diminuiriam colisões (Mario Rodrigues/Veja São Paulo)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2012 às 15h25.

São Paulo - Pesquisas para criar ruas automatizadas com carros inteligentes capazes de viajar de um ponto ao outro sem motorista não são exclusividade de grandes companhias inovadoras, como o Google, ou universidades nos Estados Unidos e Japão.

Um estudo realizado por pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Sistema Embarcados Críticos (INCT-SEC) prevê a criação de carros e ruas inteligentes com tecnologia brasileira.

O Instituto trabalha em conjunto com várias universidades para desenvolver soluções inteligentes para o trânsito. Leandro Villas, doutor em Ciência da Computação pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), trabalha em parceria com o INCT-SEC numa pesquisa de redes veiculares.

Este projeto pretende, por meio de sensores instalados nos veículos e nas pistas, capturar e interpretar as informações do trânsito em tempo real e auxiliar o motorista a tomar certas atitudes. Por meio de comunicação sem fio, o computador de bordo do carro pode ter acesso instantâneo às informações de tráfego e conversar com os sistemas de outros veículos de forma que, as decisões cabíveis a determinadas situações, como frear, desviar ou aumentar a velocidade sejam mais inteligentes e eficientes que as tomadas por um motorista humano. Na prática, isto pode permitir criar carros que dirigem sozinhos pelas ruas.

Leandro explica que, com os avanços em tecnologia da informação e comunicação, os interesses em colocar os veículos em uma rede inteligente têm aumentado. “A tendência atual é prover veículos e estradas com recursos que tornam a infraestrutura de transporte mais segura, mais eficiente e o tempo dos passageiros na estrada mais agradável” afirma o pesquisador. O uso dessa tecnologia evitaria acidentes e, numa grande cidade, permitira que os carros se deslocassem de forma mais organizada, diminuindo o trânsito.

Para que o sistema dos carros seja mais seguro, é necessário que eles recebam informações, em tempo real, sobre congestionamentos, acidentes, condições perigosas das estradas, condições meteorológicas e localização de estacionamentos, postos de gasolina e restaurantes. À medida que os veículos forem integrados com sistemas inteligentes, o trânsito também se torna mais eficiente.


“Desta forma, podemos aumentar a capacidade da rede rodoviária, reduzir a poluição e os congestionamentos, além de tornar o tempo e o percurso da viagem mais previsível”, acrescenta.
O pesquisador também lembra que as redes veiculares possuem um enorme potencial na redução de custos gerados por conta do intenso tráfego nas cidades. Um estudo de 2008, conduzido pelo Ph.D. em economia Marcos Cintra, mostrou que o custo do congestionamento na cidade de São Paulo foi de aproximadamente R$ 33,5 bilhões. Deste valor, 85% do custo está associado ao tempo perdido no trânsito.

Leandro Villas acredita que o desenvolvimento dos sistemas de transportes inteligentes podem reduzir estes custos, ao fornecer informações atualizadas e dinâmicas relacionadas às condições do tráfego. Além disso, estes sensores também podem diminuir o número de acidentes nas estradas.

Até o momento, as soluções foram testadas somente em simuladores. Porém, como lembra o doutor, em breve (talvez em 2013) certamente essas soluções serão testadas na prática. Os mesmos sensores estão sendo implantados em pontos específicos para o estudo.

O Rio Monjolinho, na cidade de São Carlos, por exemplo, possui dispositivos que alertam o corpo de bombeiros sobre risco de enchentes. Desta forma, os mesmos sensores podem, em um futuro breve, avisar os motoristas com antecedência o momento ideal para se trafegar nas marginais.

Ao ser questionado sobre parcerias com concessionárias ou montadoras, Villas afirma que por enquanto não há conversas com as fabricantes, mas que em breve pretende estabelecer uma parceria com a AutoBan, que administra estradas do interior paulista.

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São Paulo - Pesquisas para criar ruas automatizadas com carros inteligentes capazes de viajar de um ponto ao outro sem motorista não são exclusividade de grandes companhias inovadoras, como o Google, ou universidades nos Estados Unidos e Japão.

Um estudo realizado por pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Sistema Embarcados Críticos (INCT-SEC) prevê a criação de carros e ruas inteligentes com tecnologia brasileira.

O Instituto trabalha em conjunto com várias universidades para desenvolver soluções inteligentes para o trânsito. Leandro Villas, doutor em Ciência da Computação pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), trabalha em parceria com o INCT-SEC numa pesquisa de redes veiculares.

Este projeto pretende, por meio de sensores instalados nos veículos e nas pistas, capturar e interpretar as informações do trânsito em tempo real e auxiliar o motorista a tomar certas atitudes. Por meio de comunicação sem fio, o computador de bordo do carro pode ter acesso instantâneo às informações de tráfego e conversar com os sistemas de outros veículos de forma que, as decisões cabíveis a determinadas situações, como frear, desviar ou aumentar a velocidade sejam mais inteligentes e eficientes que as tomadas por um motorista humano. Na prática, isto pode permitir criar carros que dirigem sozinhos pelas ruas.

Leandro explica que, com os avanços em tecnologia da informação e comunicação, os interesses em colocar os veículos em uma rede inteligente têm aumentado. “A tendência atual é prover veículos e estradas com recursos que tornam a infraestrutura de transporte mais segura, mais eficiente e o tempo dos passageiros na estrada mais agradável” afirma o pesquisador. O uso dessa tecnologia evitaria acidentes e, numa grande cidade, permitira que os carros se deslocassem de forma mais organizada, diminuindo o trânsito.

Para que o sistema dos carros seja mais seguro, é necessário que eles recebam informações, em tempo real, sobre congestionamentos, acidentes, condições perigosas das estradas, condições meteorológicas e localização de estacionamentos, postos de gasolina e restaurantes. À medida que os veículos forem integrados com sistemas inteligentes, o trânsito também se torna mais eficiente.


“Desta forma, podemos aumentar a capacidade da rede rodoviária, reduzir a poluição e os congestionamentos, além de tornar o tempo e o percurso da viagem mais previsível”, acrescenta.
O pesquisador também lembra que as redes veiculares possuem um enorme potencial na redução de custos gerados por conta do intenso tráfego nas cidades. Um estudo de 2008, conduzido pelo Ph.D. em economia Marcos Cintra, mostrou que o custo do congestionamento na cidade de São Paulo foi de aproximadamente R$ 33,5 bilhões. Deste valor, 85% do custo está associado ao tempo perdido no trânsito.

Leandro Villas acredita que o desenvolvimento dos sistemas de transportes inteligentes podem reduzir estes custos, ao fornecer informações atualizadas e dinâmicas relacionadas às condições do tráfego. Além disso, estes sensores também podem diminuir o número de acidentes nas estradas.

Até o momento, as soluções foram testadas somente em simuladores. Porém, como lembra o doutor, em breve (talvez em 2013) certamente essas soluções serão testadas na prática. Os mesmos sensores estão sendo implantados em pontos específicos para o estudo.

O Rio Monjolinho, na cidade de São Carlos, por exemplo, possui dispositivos que alertam o corpo de bombeiros sobre risco de enchentes. Desta forma, os mesmos sensores podem, em um futuro breve, avisar os motoristas com antecedência o momento ideal para se trafegar nas marginais.

Ao ser questionado sobre parcerias com concessionárias ou montadoras, Villas afirma que por enquanto não há conversas com as fabricantes, mas que em breve pretende estabelecer uma parceria com a AutoBan, que administra estradas do interior paulista.

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