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Pentágono bloqueia e-mails de processo de Manning

Segundo o advogado de Manning, David Coombs, 'aparentemente foram bloqueados porque continham a palavra 'WikiLeaks' em alguma parte do texto'

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2012 às 16h18.

Fort Meade - A acusação no caso contra o soldado Bradley Manning, apontado como responsável por vazar milhares de documentos secretos ao WikiLeaks, não recebeu alguns e-mails relacionados ao processo que, segundo a defesa, foram bloqueados pelos filtros do Pentágono por conterem a palavra 'WikiLeaks'.

A acusação indicou na audiência de leitura das acusações realizada em fevereiro que não tinha recebido alguns e-mails que a defesa e a juíza encarregada do caso afirmaram que tinham enviado, e o motivo foi divulgado nesta quinta-feira durante a audiência que acontece na base de Fort Meade, nos arredores de Washington.

O capitão Ashden Fein, que lidera a equipe de acusação, explicou que as mensagens tinham sido 'bloqueados por um filtro de 'spam' por segurança', embora não tenha fornecido mais detalhes sobre o procedimento.

No entanto, segundo o advogado de Manning, David Coombs, 'aparentemente foram bloqueados porque continham a palavra 'WikiLeaks' em alguma parte do texto'.

O capitão Fein declarou que o funcionamento do filtro está sendo analisado para garantir que não sejam perdidos mais e-mails, enquanto a juíza militar, coronel Denise Lind, indicou que o problema foi resolvido com a abertura de um novo endereço.

O soldado, de 24 anos, é acusado de 22 crimes, entre eles 'ajuda ao inimigo', roubo de bens públicos e documentos, difusão de informação relativa a Defesa e violação do regulamento do programa de segurança de informação das Forças Armadas.

A acusação considera que os 'inimigos' dos EUA podiam encontrar na internet os mais de 700 mil documentos secretos que o WikiLeaks obteve e utilizá-los, citando como exemplo a rede terrorista Al Qaeda.

Se for declarado culpado, Manning pode ser condenado à prisão perpétua, enquanto sua defesa solicitou uma pena máxima de 30 anos. 

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