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PayPal reativa conta de pagamentos do WikiLeaks

Site poderá voltar a usar seus fundos, mas continua impedido de receber novas doações

O PayPal negou que as restrições ao WikiLeaks tenham ligações com pressões políticas (Karen Bleier/AFP)

O PayPal negou que as restrições ao WikiLeaks tenham ligações com pressões políticas (Karen Bleier/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2010 às 16h02.

Nova York - A sociedade americana de pagamentos pela internet PayPal reativou a conta do site WikiLeaks, desbloqueando seus fundos, mas impôs certas restrições que o impedem de receber novos donativos até segunda ordem.

"Restringimos a utilização da conta (do WikiLeaks) com base na nossa política de utilização aceitável", disse John Muller, diretor jurídico da PayPal, em artigo publicado esta quarta-feira no blog da sociedade, filial do grupo de comércio online eBay.

"Acabamos de tomar esta difícil decisão baseados em (que...) o WikiLeaks estimula as fontes a difundir documentos confidenciais, o que é uma violação da lei por parte destas fontes", acrescentou.

"O respeito à lei é algo que levamos muito a sério. A política de práticas aceitáveis de utilização da PayPal destaca que não autorizamos que uma organização utilize nosso serviço se ela estimula, promete, facilita ou ajuda outros a cometerem atividades ilegais", argumentou Muller.

"Enquanto a conta ficar sujeita a restrições, a PayPal vai desbloquear todos os fundos restantes na conta da fundação", que permitem ao WikiLeaks se financiar, acrescentou.

Muller afirmou que a decisão não foi influenciada por pressões políticas de quem ofende o WikiLeaks.

"Entendemos que a decisão da PayPal se tornou em parte um assunto maior que envolve debates políticos, legais e de liberdade de expressão em torno das atividades do WikiLeaks", destacou Muller.

O WikiLeaks é uma página especializada em divulgar documentos secretos e está publicando gradativamente arquivos confidenciais da diplomacia americana.

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