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Para LG, 2019 será de inteligência artificial e retomada nos celulares

Sul-coreana realinha estratégia para voltar a crescer no mercado de smartphones Android

 (Reprodução/Getty Images/Getty Images)

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Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 14 de dezembro de 2018 às 05h55.

Última atualização em 14 de dezembro de 2018 às 05h55.

São Paulo – 2019 pode ser o ano da virada da LG no Brasil no mercado de celulares. Após um período conturbado, a empresa realinha sua estratégia para crescer no segmento de smartphones de gama intermediária-avançada.

De acordo com Fabrício Habib, gerente geral de produtos e estratégia na divisão de mobile da LG, a empresa vai focar na faixa de preço de smartphones intermediários-avançados. Segundo a consultoria IDC, essa categoria tem valores entre 1.100 reais e 1.999 reais e é uma das que mais cresceu nos últimos tempos. A EXAME, Habib contou que a empresa terá dois lançamentos importantes no segmento para o ano que vem, mas que a nova estratégia abrange todo o portfólio. "Vamos ocupar as faixas de preço de forma competitiva, com os produtos chegando na hora certa ao Brasil", afirmou Habib.

Para Renato Meireles, da consultoria IDC, a LG precisa ser mais agressiva em 2019 para não perder mercado para as rivais Samsung e Motorola, bem como para fabricantes chinesas, como Huawei, que sonda o mercado brasileiro, e a Xiaomi, que cresce no mercado informal–também conhecido como "mercado cinza".

"Seria interessante a LG se posicionar como marca forte. Eles precisam de mais investimentos de marketing com essa finalidade, além de trazer produtos à altura da Samsung", disse Meireles. Segundo Habib, reforçar a comunicação está nos planos da LG, especialmente com foco em inteligência artificial, uma estratégia que abrange e permeia todos os produtos da marca. A linha ThinQ AI já tem produtos como smartphones, TVs, máquinas de lavar e geladeiras.

Apesar do ano com poucos lançamentos de celulares, a LG manteve parcela de mercado entre 9 e 11% no Brasil em 2018, nos três primeiros trimestres do ano. A sul-coreana ainda está distante da segunda colocada Motorola, que teve 22% no terceiro trimestre, bem como da líder Samsung, que teve 53% do mercado.

Ao apostar nos mercados intermediário e intermediário-avançado, a LG mira nas duas principais faixas de preços do Brasil. No primeiro trimestre, a faixa de 700 a 1.100 reais era 49% do mercado; no segundo, era 54%; no terceiro, a parcela diminuiu para 35%. A outra faixa ganhou mais espaço. Os aparelhos de 1.100 a 1.999 reais de 25 e 23% nos primeiro trimestres para 30% no terceiro. Segundo Meireles, o efeito do dólar também influenciou o aumento do ticket médio do mercado. A moeda impactou os valores de importação de insumos. O crescimento foi de 56% em relação ao mesmo período em 2017.

Nas faixas de preço mais populares do mercado atual de celulares, a LG tem as linhas K e Q. Os sucessores do K11+ e do Q7+ devem ser as novas apostas da marca em 2019.

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