(David Paul Morris/Getty Images)
Quase dois anos após o início da pandemia de covid-19, o setor de apps de transporte ainda busca estabilidade no mundo todo. A Uber é a líder deste mercado e ao apresentar seus dados do quarto trimestre nesta quarta-feira, 9, deve mostrar se conseguiu lidar com o ambiente inconstante de operação e se controlou os prejuízo massivo que amargou nos últimos balanços.
Analistas de mercado afirmam que há uma recuperação contínua de usuários da Uber, principalmente nas viagens feitas no final de 2021, embora o volume total de corridas realizadas ao menos nos EUA, tenha caído cerca de 40% nos últimos dois anos, de acordo com YipitData.
Os dados mostram também que a oferta de motoristas melhorou no terceiro trimestre, mas são inconclusivos sobre como a variante ômicron pode ter afetado o negócio.
Para corrigir a margem, a empresa conta com a divisão Uber Eats, que apesar de ter encerrado a operação no Brasil em fevereiro, segue em um momento onde dobrou de tamanho e atingiu receita de quase 4 bilhões de dólares.
Por esse motivo, a empresa seguiu com aquisições para o mercado de entregas. Além da incorporação da Cornershop, em 2021, a Uber anunciou a aquisição da Drizly, uma startup americana que faz entregas de bebidas alcóolicas.
A empresa de Dara Khosrowshahi também se livrou de uma custosa operação de carros autônomos no ano passado. A empresa anunciou na ocasião a venda de toda sua unidade de pesquisa e desenvolvimento da tecnologia à rival Aurora, uma startup de veículos autônomos financiada por gigantes como Amazon e Sequoia. A Uber vai ter uma fatia minoritária na startup.
A companhia de transporte deve registrar uma perda trimestral de 33 centavos por ação em seu próximo relatório, o que representa uma mudança ano a ano de +38,9%.
A receita deve ser de 5, 36 bilhões de dólares, um aumento de 69,4% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.