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Os planos de Facebook e Microsoft para derrotar o Slack

A startup Slack, solução para produtividade no trabalho, virou o alvo da vez. Veja as soluções de Facebook e Microsoft para competir com Slack

Microsoft Teams: novo recurso do Office 360 vai competir com Slack (Microsoft/Divulgação)

Victor Caputo

Publicado em 3 de novembro de 2016 às 16h30.

São Paulo – O Slack é uma plataforma para troca de mensagens que quer acabar com os e-mails e tomar conta de ambientes empresariais. Avaliada em 3,8 bilhões de dólares, a empresa chamou atenção do Vale do Silício e despertou o lado competitivo de gigantes como Facebook e Microsoft .

Nesta semana, a Microsoft apresentou a sua solução para brigar com o Slack. O Microsoft Teams foi revelado como parte integrante do Office 365, pacote de assinatura para empresas com aplicações de produtividade.

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Satya Nadella , CEO da Microsoft, mostrou o produto em um evento em Nova York. Ele afirmou que o novo recurso deve ser capaz de se integrar a outros produtos da Microsoft, como aplicações do pacote Office. Também será possível realizar reuniões com diversas pessoas ou trocar mensagens individuais.

O Microsoft Teams trará uma gama de integração com serviços externos—algo que o Slack faz de forma excelente. Nos próximos meses, a empresa espera ter 150 integrações, além de 85 bots rodando dentro da aplicação.

Com o anúncio, o Microsoft Teams vai chegar aos assinantes de Office 365 aos poucos. A expectativa é que no final do primeiro trimestre de 2017 ele já esteja amplamente difundido. Ele funciona em Windows, Mac, Android, iOS e na web.

Pouco antes do início do evento, o Slack já estava na defensiva contra a Microsoft. A empresa publicou uma carta aberta no Medium (e posteriormente em uma página inteira doNew York Times ). Nela, a empresa parabeniza a Microsoft pela novidade e diz que será ótimo ter alguma competição.

A Microsoft tem como vantagem nesse mercado uma penetração considerável em empresas. O pacote Office 365 é base da produtividade em muitas companhias. O Slack, por sua vez, precisa ser assinado por fora, como um serviço complementar.

Imagine um momento de crise com a necessidade de corte de custos ou então o simples objetivo de um gestor de diminuir os gastos. Quem seria o primeiro a ser limado: Slack ou o pacote Office que conta com Teams e outras muitas aplicações?

Facebook

A Microsoft não foi a única a lançar um produto com foco em comunicação de equipes de trabalho recentemente. Após 22 meses de testes, o Facebook lançou oficialmente o Workplace (que antes era chamado de Facebook at Work—Facebook no Trabalho).

A solução funciona como uma rede social privada. Nela, apenas os funcionários de uma empresa podem ver o que os outros publicam. No lançamento, Mark Zuckberg escreveu em sua página do Facebook que o “Workplace vai ajudar mais empresas a criar o tipo de cultura aberta”.

Inicialmente, empresas podem usar o Workplace de graça por três meses. Depois disso, o Facebook deve colocar as mãos na massa para convencer assinantes a adotar a solução.

Um dos trunfos da empresa de Zuckerberg é o preço menor. O valor varia entre um e três dólares e depende do porte da empresa (empresas com mais funcionários pagam menos por cada um). O Slack cobra cerca de sete dólares por cada funcionário.

Além disso, o Slack perde em outro quesito: não é uma ferramenta familiar para os usuários. Por outro lado, é difícil encontrar alguém que não saiba como usar de forma simples o Facebook.

Na carta endereçada à Microsoft, o Slack diz que há anos viu que as vantagens de uma solução como a deles eram grandes e desvantagens tão poucas que era óbvio que “todo os negócios estariam usando Slack, ‘ou algo como ele’, em uma década”. Com investimentos de Facebook e Microsoft, agora fica claro quais são as possibilidades para o “algo como ele”, que a carta diz.

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