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Os cinco mitos da computação em nuvem

Pesquisa aponta que metade dos americanos associa o conceito a condições climáticas

DR

Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 10h00.

Um artigo publicado em janeiro deste ano pelo jornal americano The Washington Post relaciona os cinco mitos que circundam a computação em nuvem. O texto, escrito pelo engenheiro Michael Skok, da North Bridge, afirma que o uso desse recurso é amplo, seguro, sustentável e veio para ficar:

1. A nuvem é coisa para geeks
Uma pesquisa feita recentemente por uma empresa de software mostrou que a maior parte dos americanos não entende o significado de computação em nuvem, como é chamado o armazenamento de arquivos e software a quilômetros de distância do computador em que são acessados. Segundo a enquete, 51% dos entrevistados relacionaram o assunto a situações climáticas e 54% dizem nunca ter tido contato com a nuvem – apesar de 95% deles já o terem feito. “Além de permitir que as pessoas acessem as informações que estão em seus computadores, celulares e tablets de qualquer lugar, a nuvem viabiliza serviços essenciais, como o internet banking, emails, como Gmail e Yahoo, redes sociais e acervos digitais, a exemplo do Netflix e do Kindle”, diz Michael Skok.

2. A nuvem é uma moda passageira
A nuvem é um conceito um pouco mais antigo do que imaginamos. Vem de 1961, quando o cientista da computação John McCarthy disse, durante o centenário do Massachusetts Institute of Technology (MIT), que a computação deveria ter uma utilidade pública. Em 2002, por exemplo, o jornal The Washignton Post já usava serviços baseados em nuvem. “O que mudou foi o nível de investimento na nuvem. Isso garante que ela não vai desaparecer tão cedo”, diz Skok em seu artigo. De acordo com a empresa de pesquisas Gartner, as empresas irão gastar 788 bilhões de dólares em serviços de nuvem pública nos próximos quatro anos.

3. A nuvem não é segura
A pesquisa anual da North Bridge revela que a preocupação com segurança ainda é a principal barreira para a adoção da nuvem. “A pergunta é: computadores locais, networks e servidores estão mais protegidos do que os dados armazenados na nuvem? Na maior parte das vezes, a resposta é não”, diz Skok. Segundo ele, embora os data centers em nuvem atraiam mais hackers pela quantidade de informações que eles detêm, os provedores de serviços em nuvem podem investir mais em segurança do que as outras empresas. “Da mesma forma que os vendedores convencem seus clientes de que seus dados pessoais e financeiros estão protegidos em transações online, os provedores em nuvem também serão capazes de tranquilizar os usuários”, diz o especialista.

4. A nuvem não é confiável
Em 2013, vimos algumas notícias relacionadas a falhas que afetaram os grandes provedores na nuvem. “Mas e todas as falhas que não viram notícia? Aquelas nas pequenas empresas de data centers ou mesmo falhas em laptops e PCs? Pois elas podem ser mais devastadoras, já que não têm o mesmo nível de backup que os provedores na nuvem podem oferecer para conter danos”, explica Skok.

5. A nuvem prejudica o meio ambiente
De acordo com o artigo assinado por Skok, não há dúvida de que os data centers consomem um amontoado de energia. Mas ele explica que, quando as empresas mudam seus serviços para um data center na nuvem, poupam energia e poluem menos. “É como confiar a empresas especializadas o abastecimento de energia. Isso é bem melhor para o meio ambiente do que se todos tivessem que ter seu próprio gerador”, diz ele. No ano passado, pesquisadores do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley e da Universidade Northwestern estimaram que, se todas as empresas americanas mudassem seus emails, planilhas e a gestão de clientes para a nuvem, reduziriam 87% dos gastos com energia.

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