Tecnologia

Operadoras buscam "fechar a conta" de investimentos em rede

As operadoras argumentam que será necessário criar um modelo de maior rentabilização para suas redes ou correr o risco de amargar uma queda em qualidade


	Celular: setor de telecomunicações investiu uma média de 21 por cento de sua receita anualmente nos últimos 14 anos
 (Getty Images)

Celular: setor de telecomunicações investiu uma média de 21 por cento de sua receita anualmente nos últimos 14 anos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2012 às 23h37.

Brasília - Os principais executivos das maiores operadoras de telecomunicações do Brasil se reuniram nesta quinta-feira em Brasília para discutir como "fechar a conta" entre a grande quantidade de investimentos que estão sendo exigidos e a potencial geração de receita.

Num momento em que o tráfego de dados tem avançado fortemente e as exigências pela melhora nos serviços crescem, as operadoras argumentam que será necessário criar um modelo de maior rentabilização para suas redes ou correr o risco de amargar uma queda em qualidade.

"Se você pega a receita menos os custos, menos o que a gente paga de tributos, menos o que a gente investe, o fluxo de caixa das operadoras é muito perto de zero, você não tem toda essa gordura de sobra para continuar investindo", afirmou o presidente da Oi, Francisco Valim, durante evento da Telebrasil.

De acordo com o presidente da Telefônica Brasil, Antonio Carlos Valente, o setor de telecomunicações investiu uma média de 21 por cento de sua receita anualmente nos últimos 14 anos.

"São poucas as indústrias que investem esse percentual em uma base anual em relação a suas receitas", afirmou Valente, acrescentando que, em valores atualizados, os investimentos do setor realizados no período atingiriam 390 bilhões de reais.


Na quarta-feira, a Telebrasil divulgou que as operadoras investiram 10 bilhões de reais no primeiro semestre de 2012, aumento de 11 por cento sobre um ano antes.

Um tema que tem preocupado as operadoras é a chamada neutralidade da rede irrestrita, na qual as empresas devem tratar igualmente as informações enviadas e recebidas pela rede --ou seja, algo que demanda mais capacidade, como vídeos, deve ser tratado da mesma maneira como algo que exige menos.

"O grande desafio é como os operadores participam desse conteúdo", disse o presidente da Claro, Carlos Zenteno.

"Você precisa de grandes investimentos para suportar esse crescimento muito grande do tráfego", afirmou Zenteno.

As operadoras esperam poder cobrar dos provedores de conteúdo, como redes sociais e grandes portais, ou de usuários que utilizam muita capacidade pelo uso da rede.

"A gente é correio: alguém manda um pacote e eu entrego o pacote... Se alguém quer o tráfego diferente, tem que pagar a mais", defendeu Valim, da Oi.

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