OpenAI logo displayed on a phone screen and ChatGPT website displayed on a laptop screen are seen in this illustration photo taken in Krakow, Poland on December 5, 2022. (Photo by Jakub Porzycki/NurPhoto via Getty Images) (NurPhoto / Colaborador/Getty Images)
Repórter
Publicado em 14 de março de 2023 às 14h57.
Última atualização em 15 de março de 2023 às 14h38.
Após meses de rumores e especulações, a OpenAI anunciou nesta terça-feira, 14, o GPT-4: a mais recente e poderosa versão da linguagem de inteligência artificial (IA) que alimentam aplicativos como o ChatGPT e o novo Bing, o buscador da Microsoft.
Durante a apresentação do novo chatbot, a empresa afirmou que ele está “mais criativo e colaborativo do que nunca” e que “pode resolver problemas difíceis com maior precisão''. Junto disso, também pode analisar imagens, embora só possa responder usando a escrita.
No quesito segurança e precisão das resposta, o sistema passou por seis meses de treinamento e, segundo testes internos, se mostrou “82% menos propenso a responder a solicitações de conteúdo não permitido e 40% mais propenso a produzir informações factuais” do que a versão anterior GPT-3.5”
A OpenAI disse também que já fez parceria com várias empresas para integrar o GPT-4 em seus produtos, incluindo Duolingo, Stripe e Khan Academy.
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O novo modelo está disponível para o público por meio do ChatGPT Plus, assinatura das ferramentas da OpenAI que custa US$ 20 por mês.
Eventualmente, ele também estará acessível como uma API para que desenvolvedores e outras empresas criem seus próprios chatbots usando dados e informações privadas.
Em uma postagem no site da OpenAI, a companhia firma que a distinção entre o GPT-4 e seu predecessor GPT-3.5 é “sutil” em conversas casuais. Além disso, o CEO da OpenAI, Sam Altman, twittou que o GPT-4 “ainda é falho, limitado e parece mais impressionante no primeiro uso do que depois de passar um tempo com ele”.
A postagem retira as expectativa de que o bot passaria a produzir imagens gerada artificialmente em simultâneo com os texto.
No entanto, a julgar pelo anúncio da OpenAI, a melhoria é mais interativa e serve apenas para distanciar o produto grátis do pago e criar uma estratégia de negócio para a OpenAi.
Mesmo assim, a empresa diz que a capacidade do modelo de analisar texto e imagem simultaneamente permite pedidos mais complexos.
IAs como o ChatGPT são treinadas com enormes conjuntos de dados de texto, muitos deles extraídos da Internet, que são usados para criar padrões estatísticos.
Esses padrões são então usados para prever qual palavra deve ser usada após a outra. Com isso, a máquina consegue criar frases coesas.
É um mecanismo relativamente simples de descrever, mas o resultado final são sistemas flexíveis que podem gerar, resumir e reformular a escrita, bem como executar outras tarefas baseadas em texto, como tradução ou geração de código de programação.
A OpenAI apresentou o ChatGPT em 2019, mas atrasou o lançamento de versões anteriores por medo de que fossem usados para fins maliciosos, como geração de spam e desinformação.
O modelo que se tornou popular surgiu em 2022. Logo após se tornar de viral, a IA desencadeou um frenesi no mundo da tecnologia, com a Microsoft logo seguindo-o com seu próprio chatbot AI Bing (parte do mecanismo de busca Bing) e o Google lutando para alcançá-lo .
Como previsto pela própria OpenAI, surgiram problemas relacionado ao uso da ferramenta: sistema educacional ainda está se adaptando à existência de softwares que escrevem respeitáveis redações universitárias; comunidades de programadores como o Stack Overflow e a revista de ficção científica Clarkesworld tiveram que encerrar as inscrições de trabalhos sem análise humana devido a um influxo de conteúdo gerado por IA; e hackers já tem usado a ferramenta para aprimorar malwares.
Mas, alguns especialistas argumentaram que os efeitos nocivos, por hora, foram bem menores do que o imaginado.