Oi diz não ter pressa para vender ativos da Portugal Telecom
A Oi 'não tem pressa' de vender os ativos portugueses da Portugal Telecom, uma vez que a empresa está preocupada em 'obter o melhor acordo para os acionistas'.
Da Redação
Publicado em 13 de novembro de 2014 às 10h25.
O grupo de telecomunicações Oi espera elevar em 1,2 bilhão a 1,8 bilhão de reais a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) no próximo ano, por meio de estratégia de corte de custos e melhora de vendas.
A projeção exclui investimentos que o presidente-executivo, Bayard Gontijo, recusou-se a informar a analistas que participaram de teleconferência em inglês, após a empresa divulgar que fechou o terceiro trimestre com lucro de 8 milhões de reais ante 172 milhões no mesmo período de 2013.
Segundo Gontijo, a Oi "não tem pressa" de vender os ativos portugueses da Portugal Telecom, uma vez que a empresa está preocupada em "obter o melhor acordo para os acionistas".
A companhia recebeu até agora três manifestações de interesse pelos ativos portugueses da Portugal Telecom, pelos grupos Altice e Apax e Bain Capital e pela empresária angolana Isabel dos Santos
Além disso, nesta quinta-feira, coluna da revista Veja publicou que a empresa privada portuguesa de correios CTT "se prepara para fazer uma oferta pela Portugal Telecom". Procurada, a Oi não comentou o assunto, mas Gontijo afirmou durante a teleconferência que se a empresa tiver mais interessados nos ativos "será ótimo".
Bayard afirmou que os recursos a serem levantados com a venda dos ativos portugueses da Portugal Telecom serão usados no processo de consolidação do mercado de telecomunicações do Brasil.
"Vamos vender os ativos para participar da consolidação sem acessar o mercado de capitais", afirmou o executivo, lembrando que a empresa ainda mantém à venda os ativos do grupo na África e que deve concluir uma segunda etapa de venda de torres de telefonia no Brasil em dezembro.
As ações da Oi mostravam alta de 1,5, enquanto o Ibovespa exibia valorização de 0,3 por cento.
No terceiro trimestre, o Ebitda pro-forma da empresa somou 3 bilhões de reais, queda de 1,5 por cento sobre o resultado obtido um ano antes. Nos nove primeiros meses, o Ebitda foi de 9,376 bilhões de reais, alta de 1,4 por cento sobre o obtido no mesmo período de 2013.