Óculos do Google já têm app para compartilhar fotos
Sebastian Thrun, diretor do laboratório Google X, demonstrou os óculos de realidade aumentada fotografando e compartilhando a imagem
Maurício Grego
Publicado em 27 de fevereiro de 2013 às 06h40.
São Paulo — O Google continua aperfeiçoando seus óculos de realidade aumentada. Sebastian Thrun, diretor do laboratório Google X, que criou os óculos, fez uma demonstração de como eles podem ser usados para fotografar e compartilhar imagens em redes sociais.
A demonstração aconteceu durante uma entrevista de Thrun ao apresentador de TV americano Charlie Rose. Thrun fotografou Rose com a câmera embutida nos óculos e publicou a foto na rede social Google+. Para isso, primeiro ele pressionou um botão lateral no gadget. Em seguida, balançou a cabeça para confirmar o compartilhamento. A foto está na página de Thrun no Google+.
Os óculos do Google foram revelados no início de abril. Eles exibem informações numa telinha acima do campo de visão. Essas informações podem se mesclar com o que a pessoa vê, num esquema de realidade aumentada. Como um smartphone comum, o dispositivo permite enviar e receber mensagens, telefonar e obter informações da internet. Ele reconhece comandos de voz e alguns gestos feitos com a cabeça. Supõe-se que rode uma variante do sistema Android .
Há pouco mais de duas semanas, o cofundador do Google Sergey Brin foi a um evento em São Francisco, na Califórnia, usando os óculos. O Google não diz quando pretende fabricá-los, mas especula-se que o gadget pode ser lançado ainda neste ano. Estima-se que poderá custar entre 250 e 600 dólares nos Estados Unidos. Sabe-se, também, que pelo menos uma empresa, a Oakley, prepara seus próprios óculos para competir com o Google. Além disso, já surgiu pelo menos um dispositivo caseiro que imita os óculos do Google.
Thrun usou os óculos o tempo todo durante a entrevista. Ele diz que a maioria das pessoas fica atraída pelos recursos de realidade aumentada. Mas, para o Google, esse não é o aspecto mais importante. “A experiência convincente é compartilhar coisas. Outras pessoas podem ver o que eu vejo”, diz Thrun.
Para ele, a principal utilidade dos óculos é fazer as mesmas coisas que um smartphone faz, mas sem que a pessoa precise usar as mãos. Um dos exemplos é o envio de e-mail. “Posso ditar mensagens para ser enviadas, e também ouvir os e-mails recebidos, que são lidos para mim em voz alta. Não preciso usar as mãos para isso. É uma experiência libertadora”, disse.
Inteligência artificial
Thrun tem uma longa carreira nas áreas de robótica e inteligência artificial. Na universidade de Stanford, ele foi um dos criadores do Stanley, um dos primeiros carros capazes de se autodirigir. Ele levou essa experiência para o Google, onde participou do desenvolvimento dos carros sem motorista da empresa.
Thrun diz que, apesar de todas as pesquisas feitas em inteligência artificial, há um longo caminho a percorrer nessa área. Embora os computadores tenham superado os humanos no jogo de xadrez e em outras áreas, eles ainda estão longe de igualar o cérebro humano em sua capacidade total. Tarefas elementares, como identificar uma xícara de café sobre a mesa, ainda são um desafio para as máquinas. “Estou muito frustrado. Quero resolver isso, tornando as máquinas realmente inteligentes”, disse.
São Paulo — O Google continua aperfeiçoando seus óculos de realidade aumentada. Sebastian Thrun, diretor do laboratório Google X, que criou os óculos, fez uma demonstração de como eles podem ser usados para fotografar e compartilhar imagens em redes sociais.
A demonstração aconteceu durante uma entrevista de Thrun ao apresentador de TV americano Charlie Rose. Thrun fotografou Rose com a câmera embutida nos óculos e publicou a foto na rede social Google+. Para isso, primeiro ele pressionou um botão lateral no gadget. Em seguida, balançou a cabeça para confirmar o compartilhamento. A foto está na página de Thrun no Google+.
Os óculos do Google foram revelados no início de abril. Eles exibem informações numa telinha acima do campo de visão. Essas informações podem se mesclar com o que a pessoa vê, num esquema de realidade aumentada. Como um smartphone comum, o dispositivo permite enviar e receber mensagens, telefonar e obter informações da internet. Ele reconhece comandos de voz e alguns gestos feitos com a cabeça. Supõe-se que rode uma variante do sistema Android .
Há pouco mais de duas semanas, o cofundador do Google Sergey Brin foi a um evento em São Francisco, na Califórnia, usando os óculos. O Google não diz quando pretende fabricá-los, mas especula-se que o gadget pode ser lançado ainda neste ano. Estima-se que poderá custar entre 250 e 600 dólares nos Estados Unidos. Sabe-se, também, que pelo menos uma empresa, a Oakley, prepara seus próprios óculos para competir com o Google. Além disso, já surgiu pelo menos um dispositivo caseiro que imita os óculos do Google.
Thrun usou os óculos o tempo todo durante a entrevista. Ele diz que a maioria das pessoas fica atraída pelos recursos de realidade aumentada. Mas, para o Google, esse não é o aspecto mais importante. “A experiência convincente é compartilhar coisas. Outras pessoas podem ver o que eu vejo”, diz Thrun.
Para ele, a principal utilidade dos óculos é fazer as mesmas coisas que um smartphone faz, mas sem que a pessoa precise usar as mãos. Um dos exemplos é o envio de e-mail. “Posso ditar mensagens para ser enviadas, e também ouvir os e-mails recebidos, que são lidos para mim em voz alta. Não preciso usar as mãos para isso. É uma experiência libertadora”, disse.
Inteligência artificial
Thrun tem uma longa carreira nas áreas de robótica e inteligência artificial. Na universidade de Stanford, ele foi um dos criadores do Stanley, um dos primeiros carros capazes de se autodirigir. Ele levou essa experiência para o Google, onde participou do desenvolvimento dos carros sem motorista da empresa.
Thrun diz que, apesar de todas as pesquisas feitas em inteligência artificial, há um longo caminho a percorrer nessa área. Embora os computadores tenham superado os humanos no jogo de xadrez e em outras áreas, eles ainda estão longe de igualar o cérebro humano em sua capacidade total. Tarefas elementares, como identificar uma xícara de café sobre a mesa, ainda são um desafio para as máquinas. “Estou muito frustrado. Quero resolver isso, tornando as máquinas realmente inteligentes”, disse.